quinta-feira, 30 de abril de 2009

Uma bailarina em minha vida

De fato, a fase de recuperação trouxe grandes surpresas. Não imaginava que uma bailarina iria mudar a minha vida durante essa reabilitação demorada, mas bastante eficiente. E realmente deixou marcas muito positivas em mim, com toda a certeza do mundo. Ela me ajudou bastante a resgatar totalmente os movimentos da minha perna esquerda, que ficou atrofiada depois uma imobilização de 20 dias por conta do acidente.

Mas é claro, darei todas as pistas para descrevê-la. Ela é morena, ou ruiva, ou loira? Tem cabelos lisos, compridos ou curtos? Sua beleza encanta os homens? Nada disso, a bailarina a qual me refiro não tem nenhum atributo feminino. Trata-se de um tipo de alongamento passado pelos fisioterapeutas.

O exercício foi prescrito como forma de ganhar, aos poucos, a extensão total da perna esquerda, até então com um encurtamento da musculatura em razão de ter ficado imobilizada. O objetivo é alongar a parte posterior dos membros inferiores. Na linguagem mais prática, a parte de trás delas.

A medida foi necessária porque os profissionais não conseguiam fazer os outros alongamentos devido à intensa dor no joelho esquerdo, comprometido devido a um estiramento ocorrido junto com o deslocamento do fêmur. Com a bailarina, eu mesmo seguia os meus limites.

Por causa disso, eu divido a fisioterapia em duas etapas: antes da bailarina e depois da bailarina. Durante a primeira fase mencionada, a evolução das sessões era muito lenta, pois precisava ganhar a extensão da perna para progredir. Só apenas quando comecei a fazer esse alongamento, consegui os primeiros resultados positivos, como largar as muletas e depois a bengala.

Sem essa bailarina, não iria nem mesmo obter o fortalecimento da perna. Graças a ela, logo começarei a treinar pequenas corridas. Viu só quanta eficiência? Agora é seguir os demais exercícios passados pelos fisioterapeutas, rumo à reabilitação total.

Nenhum comentário: