Ignorar uma pessoa fica muito fácil, principalmente quando o companheiro mais precisa. Ainda mais se o mesmo vive um momento difícil da sua vida. Pode parecer amargo ou pessimista, mas infelizmente isso acontece sempre num relacionamento. Em vez de enfrentar, a outra parte envolvida simplesmente se afasta ou mesmo abandona a situação. Finge que nada se passa no dia-a-dia por ser muito cômodo. Quanta ilusão!
O distanciamento é inevitável. Afinal de contas, é bem melhor ter apenas os bons momentos. A curtição e a diversão (até rimou) são as responsáveis por sustentar uma convivência que, na maioria das vezes, nos engana. Parece ser para sempre. Ao contrário disso, é eterno enquanto dura. Basta apenas uma turbulência para estremecer, esfriar ou acabar tudo de uma só vez.
Quando tudo está lindo e maravilhoso, a pessoa diz que o companheiro é o amor da vida dela e outras coisas. As palavras deixam o semelhante totalmente orgulhoso, pois pensa que faz o suficiente para essa relação ser para sempre. Em muitas ocasiões, o dia fica mais alegre e cheio de suspiros. Mas o tempo passa. Em vez das qualidades, somente os defeitos são levados em conta. O belo convívio começa a ter suas rachaduras.
E a situação cai de vez na hora em que uma parte envolvida tem sérios problemas. Num certo momento, a outra suposta metade até demonstra preocupação. No entanto, esse sentimento é rapidamente substituído por justificativas da ausência à medida em que a situação se agrava e o número de percalços começa a aumentar.
Assim, as desculpas sempre são usadas como forma de explicar os motivos da distância. É melhor trocar o então companheiro com problemas pelas novas ou antigas rodas de amigos para esquecer a dificuldade. Voltar a se divertir é mais viável ao invés de encarar a realidade. Ainda mais quando o outro lado da história percebe todo esse movimento e, de quebra, a indiferença e o desdém. Enquanto isso, o jeito é fingir uma tentativa de contornar os transtornos como uma maneira de empurrar tudo com a barriga.
A verdade é que não existe o menor esforço para resolver as pendências. De toda essa história, a única conclusão a tirar chega como uma ducha de água fria. Existe a necessidade de sempre desconfiar das palavras bonitas. Elas jamais são iguais às atitudes, que dizem tudo. Apesar da amargura, não queria pensar desse jeito a não ser que alguém consiga me provar o contrário. Serão necessários bons argumentos. Até lá, viva o pessimismo...
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
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