De volta ao ABC Paulista. Aproveitei para dar uma circulada pelas cidades dessa região, onde morei por dois anos, até sofrer o acidente. O passeio desta semana com meu irmão tinha o único objetivo de ir ao médico ortopedista que me acompanha nessa fase de recuperação. Como a consulta havia sido muito rápida, decidimos ir de Santo André, onde fica o consultório, até São Bernardo do Campo. No caminho, recebemos uma triste notícia. Vimos o hospital onde fiquei internado totalmente fechado.
Fiquei bastante surpreso ao presenciar o Hospital Baeta Neves sem funcionar. Por outro lado, o Jonathan não esboçou nenhuma reação. Quando me espantei, ele disse que já esperava isso. Bem diferente de mim durante minha estadia, ele costumava percorrer os corredores da unidade para fumar do lado de fora, ou comprar algumas coisas para o irmão com a perna imobilizada. Nessas caminhadas, notou um baixo movimento de pacientes e profissionais preocupados com a situação financeira.
Um exemplo disso foi uma manifestação organizada por ex-funcionários do hospital no dia 13 de novembro. Naquele dia, o Jonathan correu de volta para o quarto. Quis me avisar sobre o protesto. Sem sair da cama, chamei um enfermeiro de confiança. O profissional me contou sobre a crise instalada no local. A administração fez uma demissão em massa para equacionar os problemas. No entanto, não pagou os direitos trabalhistas dos dispensados. Ou seja, era o pior seria inevitável.
Não imaginava que a situação do Hospital Baeta Neves era tão complicada. Também, não tinha como sair da cama por causa da imobilização. Se conseguisse fazer isso, com certeza teria percebido um movimento estranho. Após o protesto, o único indicativo foi o pedido de ajuda para procurar emprego de duas enfermeiras no penúltimo dia de internação. Eu nem me liguei na hora. Como um hospital pode fechar as portas desse jeito?
Fui atrás dessas informações. Numa rápida pesquisa na internet, soube que o grupo responsável pelo hospital está atolado em dívidas. Além disso, outras unidades da empresa encerraram as atividades. Isso só pode ser o resultado de uma má administração.
É uma pena, pois tinha lembranças do Baeta Neves. Antes do acidente, era o lugar onde costumava ir atrás de atendimento quando estava doente, durante minha passagem por São Bernardo. Agora, são apenas recordações que terminam junto com esse fechamento.Hoje, existe um prédio fechado e totalmente vazio. Tomara que os profissionais demitidos consigam encontrar um emprego o mais rápido possível. Se não fossem eles, talvez não estaria a caminho de uma boa recuperação.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
Tenho boas lembranças deste hospital pois em 01/2007 tive meu primeiro filho lá,fui muito bem tratada e tenho saudades dos dois dias que passei lá.É uma pena ter
fechado,as vezes quando passo em
frente tenho vontade de entrar lá
para relembrar o dia que meu filho nasceu.
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