quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Nos filmes de ficção

Como manda o figurino, mais um dia de recuperação, fisioterapia e medicamentos. Seria tudo a mesma rotina se não fosse um detalhe. Vivenciei momentos inusitados, que levaram de volta aos filmes de ficção científica, do tipo Jornada nas Estrelas, Star Wars, a trilogia Matrix e outros do gênero. Isso aconteceu após ouvir barulhos semelhantes às armas de laser, aos ruídos das naves espaciais e explosões existentes nessas obras. Em vez do faz de conta da sétima arte, os sons verdadeiros vinham todos de um aparelho responsável pelo exame de ressonância magnética.




Ao contrário de ocasiões anteriores, a parte do corpo examinada desta vez foi o joelho esquerdo para atender a pedidos dos fisioterapeutas ao médico ortopedista como forma de descartar algum tipo de lesão nesse local, que sofre com insistentes dores na hora do alongamento. Para esses profissionais, o incômodo ocorre devido à fraqueza na musculatura e nas articulações de uma região responsável por receber uma boa parte do peso do corpo. De acordo com eles, a reabilitação irá aliviar o problema aos poucos. Tomara!

Ao entrar na sala da ressonância, as associações aos filmes futuristas foram inevitáveis. De cara, vi a tamanha semelhança daqueles aparelhos aos usados pelo doutor McCoy na saudosa Enterprise, do filme Jornada nas Estrelas (Star Trek). O personagem completava o trio formado pelo capitão Kirk e Sr. Spock.


O exame durou cerca de 30 minutos. Eu mal podia me mexer, segundo orientação da enfermeira. Desta forma, tudo começou com o primeiro de um total de quatro barulhos que consegui identificar. Esse parecia com as armas de laser disparadas pelos personagens da ficção científica.

Depois, o ruído mudou. Eu me recordei de uma aeronave cruzando pelo espaço à velocidade da luz. Em seguida, o som foi igual àqueles portais abertos para viajar no tempo. A memória é fértil mesmo.

Ao sair da plataforma onde fiquei, deixei a sala onde fica o aparelho de ressonância. No corredor, eu cruzei com outra paciente vestida com uma roupa toda azul fornecida pelo centro médico responsável pelos exames. Aí, pensei que a ficção tinha saído para a vida real. Até parece.

Independentemente dessas associações, a recepcionista informou que o resultado do exame ficaria pronto na próxima quarta-feira à tarde, após minha insistência para que isso fosse nessa data. Afinal, a nova consulta ao médico é na quinta-feira. Torço para que não seja nada de grave. Caso contrário, a recuperação pode atrasar.

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