quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Parecido com o pogobol

Nessa fase de recuperação, a clínica de fisioterapia virou a minha segunda casa. Passo a maior parte do tempo nesse local, depois da residência. São quase três horas de sucessivos exercícios e alongamentos. Por causa dessa convivência, os pensamentos criativos (digo, bobagens) são inevitáveis. Ao entrar na sala de reabilitação, sempre me deparo com os equipamentos. Um deles me chamou a atenção nos últimos dias. A bola feijão usada pelos pacientes é parecida com aquela de um brinquedo da década de 80. Alguém aí já pulou de pogobol?

É isso mesmo. A bola em formato oval parece com aquela utilizada nesse artigo infantil que se tornou uma verdadeira febre entre os anos de 1987 e 1991, mas em maior tamanho. Falta somente colocar a base no meio dela que serve para a pessoa ficar em cima e, desta forma, virar um verdadeiro pogobol gigante.

Na verdade, a bola feijão é aplicada em atividades que melhoram a coordenação motora, equilíbrio e fortalecimento muscular. Bastante resistente, entra na mesma linha daquela bola cinza existente nas academias, nos exercícios de Pilatos.


Ao fazer o comparativo com o pogobol, os fisioterapeutas concordaram com a semelhança. Afinal, a infância deles transcorreu exatamente no período em que esse brinquedo fazia o maior sucesso entre a criançada. Muitos meninos e meninas o levavam para a escola. Ou ainda pulavam no quintal de casa ou na calçada.


Infelizmente, eu não tive um pogobol. Mas brincava assim mesmo com um da minha prima, a Tathi, que havia ganhado dos seus pais. Eu arriscava alguns pulos no corredor do prédio onde os meus tios moram até hoje ou no apartamento da minha avó que, naquela época, era bem espaçoso. Coitada da família que morava embaixo dela. Devia escutar barulho o dia inteiro.

Por outro lado, a bola feijão usada no pogobol estava longe de ajudar na reabilitação, a exemplo daquela da clínica onde frequento. Se fosse hoje, até serviria para aumentar o número de pacientes dos fisioterapeutas. Várias crianças sofriam fraturas nas pernas ou nos braços em razão das quedas na hora de brincar. Ainda bem que eu nunca caí quando pulava em cima dele.

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