O período de descanso forçado em razão do acidente serviu para tirar conclusões ou refletir em relação a muitas situações do cotidiano. Parece um verdadeiro clichê, mas também um momento difícil da vida sempre nos traz boas lições. É a pura verdade e me provou isso. Até fiquei mais atento aos diversos recados trazidos pela fatalidade. Uma delas é medir quem realmente gosta de mim. Realmente, apenas as pessoas que têm grande consideração entram em contato nessas horas.
Faremos um comparativo. Quando estamos em meio à diversão, todos são amigos do peito e dão tapas nas costas para cumprimentar. Fora algumas mulheres (nem todas são assim), que bajulam um bonitão ou o rei do pedaço. Evidente, precisamos aproveitar as oportunidades ou virar o jogo favoravelmente para fazer a tradicional média ou a política da boa vizinhança. Tudo isso com objetivo de ter um bom relacionamento.
Como tudo isso é superficial porque fica muito fácil dizer que é amigo de uma pessoa nessas horas ou ser presente apenas na alegria. Um exemplo disso é um grande companheiro de muitos anos. Só não citarei nomes para preservar os personagens mencionados. Apesar de ser considerado popular no ambiente de trabalho, poucos colegas foram dar apoio após sua demissão. Eu fui prestar solidariedade. E onde estão aqueles que o abraçavam nas festas de confraternização ou nas baladas?
Tenho mais uma história. Um outro amigo me confidenciou que nenhuma pessoa do canal de relacionamento dele se manifestou quando estava muito doente. Não recebia telefonemas, mensagens de e-mail ou visitas em casa. Muito triste, não é mesmo? Ele só me contou anos mais tarde do ocorrido. Por isso, nem soube dessa fase de dificuldade. Assim, fiquei com peso na consciência. Onde eu estava quando um grande cara mais precisava?
Eu o questionei por que ele não havia me dado um toque. A resposta dele foi bastante sábia. Disse que amizade se cultiva e não se reivindica. Concordei imediatamente, mas me senti culpado. Felizmente, consegui corrigir a minha pequena ausência.
Por esses e outros casos, eu cheguei a uma conclusão. Na verdade, reforçou a minha tese de valorizar apenas as amizades verdadeiras. E essa fase de recuperação me ensinou a agir desta forma com muito mais ênfase. Só darei importância para os companheiros que se importaram comigo. Por outro lado, deixarei os ausentes seguirem seu caminho normalmente porque um dia precisarão de ajuda ou de um apoio.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário