sábado, 17 de janeiro de 2009

Reaprender, a palavra do momento

Reaprender. Essa palavra está muito presente no meu dia-a-dia, principalmente por causa da recuperação após acidente que sofri em novembro. O significado dela se tornou muito importante porque agora atinge situações até então corriqueiras para um ser humano normal. Nunca imaginei que aplicação do seu conteúdo ocorreria em algo tão presente numa pessoa desde criança: a atitude de andar.

Desta forma, precisei e ainda necessito disso. Reaprender a andar. Pode parecer estranho, mas é isso que faço diariamente quando vou à clínica de fisioterapia. Depois do desastre, perdi a força e os movimentos da minha perna esquerda. Ela ficou bem mais fina se comparada com o lado direito somente porque fiquei sem utilizá-la por 20 dias devido à imobilização.

Na rua e em casa, eu conto com a colaboração do par de muletas. No entanto, não posso depender desse artifício para sempre. Então, vou todos os dias treinar as passadas. O aprendizado é bem diferente em relação ao de um bebê, que conta com a ajuda dos pais e de um andador infantil.

Os exercícios são feitos numa espécie de plataforma cercada de apoio para o paciente. Dentro do programa feito pelo fisioterapeuta, eu caminho dez vezes nele (inclui ida e volta). O treino é fazer tentar fazer o passo normal de uma caminhada. Porém, ainda não consigo isso totalmente, pois a musculatura da perna esquerda ainda está muito fraca e não suporta o peso de todo o corpo.

Para vencer esse obstáculo, costumo fazer essa e outras técnicas a mais na clínica como forma de agilizar a recuperação. Por esse motivo, também pedi para os especialistas me ensinarem alguns exercícios que eu pudesse fazer como lição de casa. No quarto, eu repito parte do programa, seja à noite ou mesmo de madrugada. Coitada da minha mãe. De vez em quando, ela acorda para ver se estou dormindo, mas me flagra na exaustiva disciplina.

Apesar de tanto empenho tanto na clínica quanto em casa, o grande desafio até hoje é o joelho esquerdo. Por conta da imobilização, essa parte da perna não suporta a pressão do peso do corpo quando realizo os passos. Além disso, não consegue estender totalmente como deveria ser. Por esse motivo, ainda não larguei das muletas.

O jeito é intensificar os exercícios de alongamento da perna mais afetada. Como o joelho dói nesses momentos. Trata-se da parte mais chata e sofrida das sessões. Ou seja, a minha pior inimiga do momento. Por enquanto, ela vence a maioria das batalhas. Mas ainda não ganhou essa guerra.

A minha expectativa é concluir a fase de recuperação em 20 sessões de fisioterapia, conforme o ortopedista me liberou. Infelizmente, acho que terei de ultrapassar esse número. Desta forma, sou obrigado a ser mais agressivo e me dedicar ainda mais nos exercícios. Agora é correr contra o tempo.

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