sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Carnaval involuntário

O Carnaval já está bem próximo do nosso calendário de feriados. Muitas vão se divertir no meio da folia ou nas praias brasileiras e ainda se refugiam da correria do dia-a-dia. Por outro lado, os carnavalescos se preparam para os desfiles com tradicionais ensaios. No entanto, eu já acompanho todos esses passos a menos de um mês dessa manifestação popular, que encanta o mundo. São as agremiações do Grupo Especial de São Paulo, como a Vai Vai, Rosas de Ouro? Ou as do Rio de Janeiro (Beija Flor, Mangueira, Imperatriz Leopoldinense)? Nada disso. Trata-se da Escola de Samba Cara Preta, da cidade de Suzano.

O acompanhamento, evidentemente, é involuntário. Diariamente, escuto os membros da bateria e o puxador de samba. Isso acontece sempre entre as 20h30 e 23h30 na quadra da escola, montada num terreno existente no bairro onde os meus pais moram. Essa área fica bem ao lado de casa. Será um castigo contra alguém que não curte Carnaval?

Se algumas pessoas souberem disso, certamente darão risada ou falarão "bem feito" para mim porque já me recusei muitas vezes de ir aos desfiles das principais agremiações de São Paulo ou as organizadas no interior do estado. Além disso, já havia falado que não gostaria de ir à passarela do samba carioca, considerado o maior Carnaval do mundo.

Será penalidade em dobro? Afinal, presencio, com os ouvidos, os preparativos para os desfiles. E o pior de tudo, uma escola sem importância no cenário brasileiro. Se fosse assim, seria menos pior suportar as agremiações paulistanas ou cariocas.

E o problema só irá piorar. A avenida onde ocorrem as apresentações em Suzano fica exatamente no bairro onde estou durante essa fase de recuperação. Talvez seja obrigado a acompanhar os quatro dias de folia do Carnaval sem ao menos querer. Não podemos ter tudo o que queremos nessa vida....

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