Como é difícil depender dos órgãos públicos para conseguir um benefício. Algumas dessas repartições são verdadeiras provas de falta de competência quando o assunto é atender ao público em geral. Um verdadeiro desrespeito às pessoas, que colaboram mensalmente com a finalidade de ter uma ajuda quando a dificuldade aperta, seja por causa de um acidente, doença ou pensão do falecido beneficiário. Sei disso porque também virei mais uma vítima do Instituto Nacional do Seguro Social, mais conhecido como INSS.
Se dependesse desse órgão, talvez já teria morrido de fome. Cheguei a essa conclusão devido à demora de quase dois meses para resolver o meu problema. Em razão do meu acidente, deveria receber mensalmente o auxílio-doença do nobre instituto no lugar do meu salário devido ao afastamento das minhas funções. Mas até agora não consegui um só centavo. Quanto descaso!
O jornal onde eu trabalho até deu aquele apoio para dar entrada no pedido de perícia que o INSS deve fazer em mim para avaliar se eu tenho direito ao benefício. A saga começou quando essa consulta foi agendada para o dia 25 de novembro numa agência na capital. Na ocasião, veio o primeiro entrave. A repartição exigia a minha presença no local.
No entanto, precisei mandar o meu irmão no meu lugar com toda a documentação exigida e uma declaração do médico que estava impossibilitado de ir ao local porque não podia sair da cama. O processo foi transferido para o posto do INSS de Suzano, que determinou a realização dessa perícia em casa. Os meus mais moram nessa cidade onde estou por conta da recuperação.
Para isso, esperei mais 21 dias. O instituto só enviou um médico-perito na minha atual residência somente em 16 de dezembro. Ele me avaliou e disse que ficaria entre três e quatro meses afastado do trabalho por causa do acidente. Além disso, me informou que o INSS enviaria uma correspondência com os dados de como receberia o auxílio-doença. Até agora, essa carta sequer chegou até aqui.
Desta forma, ainda aguardo uma resposta do tão eficiente instituto. Na verdade, o meu pedido ainda permanece parado. Os meses de dezembro e janeiro já se passaram, mas nada de receber o benefício que tanto preciso, afinal a empresa não pagará o salário integral até o meu retorno. Além disso, necessito saber o valor do auxílio para que o local onde trabalho faça a complementação até atingir o total do meu vencimento. Até lá, tudo fica indefinido.
A situação mostra o descaso e a lentidão do INSS junto à população. A sorte é que ainda tenho uma família para ajudar e uma sobra do 13º salário pago no final do ano que me mantém até hoje. E se não tivesse esses fatores favoráveis? Viveria de vento? Coitado dos acidentados ou dos doentes mais humildes que só dependem do benefício durante os momentos difíceis.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
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