A fase de recuperação é longa. Haja paciência. Por esse motivo, estou afastado do trabalho e das minhas outras atividades diárias. A mais prazeroza delas era nadar. Gosto tanto de praticar esse esporte, que fazia sacrifícios para não deixar de ir aos treinos quando morava em São Bernardo do Campo. Acordava todos os dias às 5h30, tomava um rápido café da manhã e embarcava num ônibus de linha em direção à academia. Nessa época, o meu carro - aquele totalmente destruído no acidente - se encontrava no funileiro.
Mesmo assim, eu não desanimava. Chegava para o treino diário às seis horas. Antes de cair na piscina, passava na sala dos aparelhos e fazia as sessões de musculação. Em seguida, ia para o treino de natação. Ficava em média uma hora e meia nesse treinamento. (Termino esse texto daqui a pouco. Agora é hora do jogo do Coringão)
(Feliz com a vitória do meu Timão por 2 a 0 contra o Botafogo de Ribeirão Preto, retomei essa jornada agora, 0h57)
Atingia a marca de quatro mil metros bem nadados. Quanto fôlego. Deixava a academia pontualmente às 9h30 em direção ao jornal, em São Paulo. A viagem era de ônibus e depois de metrô.
Quanta saudade de retomar os esportes. Ela aumentou ainda mais hoje, depois de ter recebido um telefonema da Dani, a coordenadora da academia onde treinava até o desastre. O motivo da ligação era saber o meu atual estado de saúde e se tinha previsão de retorno. Contei detalhadamente todos os passos dessa reabilitação.
Mas a grande notícia veio logo em seguida. O contato feito pela Dani também tinha outra finalidade. Após a rápida conversa, ela me informou que havia conquistado o segundo lugar de um torneio interno de natação organizado pela academia dias antes do acidente, em outubro passado.
A competição consistia num revezamento de 12 horas, em que os participantes entravam numa das três equipes formadas. O nadador escolhia ou nadar durante 30 minutos ou por uma hora. Eu escolhi a segunda opção. Desta forma, o competidor com a segunda melhor marca individual nessa categoria. Nesse tempo, completei 3,55 quilômetros (ou 3.550 metros). O campeão fez 4,2 quilômetros (4.2oo metros).
O prêmio não é algo excepcional. No entanto, sempre é bom ganhar um troféu pelo bom desempenho. Pode parecer um tanto egocêntrico, porém a felicidade foi grande porque trata-se de bom um resultado pela tamanha dedicação em algo que tenho o imenso prazer de me dedicar. Além disso, a notícia caiu do céu num momento difícil. Serviu para me incentivar a ter uma disciplina ainda maior na minha recuperação e, desta forma, poder voltar a nadar e praticar musculação. E quem sabe rumo às maratonas de águas abertas ou mesmo competições de triatlon.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário