Recebi um convite de uma amiga de trabalho através de uma página de relacionamentos na internet. O chamado era para comparecer a um encontro de jornalistas com intuito de fazer aquele tradicional bota-fora. A companheira de redação, Isis Brum, deixou o jornal. Desta forma, resolvi dar o meu apoio moral e prestigiar o nobre evento. Chegou a hora de deixar mais uma vez o meu refúgio de recuperação em Suzano para a primeira aparição pública aos parceiros de empresa. Foi uma forma de me preparar psicologicamente para o retorno ao serviço.
Ela não tem poderes mágicos, como a capacidade de voar e super força, mas é tão poderosa quanto a Isis, aquela heroína do seriado transmitido na TV na década de 70 e início dos anos 80. O motivo desse comparativo é o número de pessoas que compareceu ao encontro. Havia representantes de várias redações, entre jornais, portais de internet e assessorias de imprensa. E até um pensionista do INSS, que é o meu caso.
O clima era de muita descontração, regado a muito chope, uísque e vinho entre o público presente. Por conta dos medicamentos, ainda fiquei a base de água e suco de abacaxi. O local escolhido foi o Marajá, um botequim bem perto do jornal que sempre é escolhido para ocasiões desta natureza. Como estou sem trabalhar, fui o primeiro a chegar, inclusive antes da homenageada.
Decidi não avisar que compareceria como forma de causar surpresa. A decisão foi perfeita. Além da alegria dela ao me avistar, outros amigos também ficaram felizes, afinal muitos não me viam desde o acidente, no entanto sempre estavam em contato comigo pelo telefone e me davam apoio nos momentos difíceis. Evidentemente, as perguntas foram sobre minha recuperação e se eu estava bem. Essa preocupação comigo só serviu para me dar mais forças para recomeçar na profissão. A sensação é de que ainda sou querido por alguns jornalistas.
Já falei demais de mim. Agora é a vez de retomar o assunto sobre a homenageada. Também resolvi deixar a pacata Suzano em direção a capital porque a Isis sempre foi parceira no Diário de São Paulo. A última delas foi no meu último plantão antes do acidente, quando atuamos juntos no desfecho do Caso Eloá. Nesse esquema, também estava Aiuri Rebello. Um procurava ajudar o outro na obtenção de informações. Além disso, revezamos o único notebook cedido pelo jornal para essa cobertura. Fatos que sempre serão carregados na minha carreira.
A decisão dela de pedir pedir demissão foi para tocar projetos pessoais. Ou seja, um novo desafio para ganhar motivação. A Isis, eu só tenho como desejar muito boa sorte nessa nova empreitada. E não deixe de nos procurar. Assim, encerro essa postagem com o tradicional registro fotográfico. Junto comigo, aparecem da esquerda para direita as jornalistas Rubia Evangelinellis, Carol Knoploch e a Isis. Olha a minha cara de assustado. Que horrível....
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