Meu objetivo era ir a São Paulo em direção ao jornal onde trabalho. Como agora estou em Suzano, preciso usar o trem para me locomover à metrópole. No meio do caminho, fiz aquela tradicional pausa para o café. Entrei numa padaria e fiz o meu pedido. Segundos mais tarde, apareceu um homem uniformizado de azul. Vi que era funcionário da Sabesp. Ao virar de costas, algo no bolso me chamou bastante atenção. O rapaz tinha uma edição do dia do Diário de São Paulo.
Evidente que eu fiquei bem feliz com a preferência dele. Assim, fiquei muito curioso de saber se ele comprava esse jornal diariamente. Na hora, hesitei de fazer isso. Dez minutos mais tarde, resolvi colocar em prática a forma de abordagem do jornalista na rua para descobrir essa dúvida gerada na minha cabeça.
De forma bem calma, cheguei ao funcionário da Sabesp e perguntei se ele lia diariamente esse matutino. Mas sem me identificar, claro. A surpresa aumentou ainda mais quando ele falou que compra o jornal todos os dias desde os tempos do antigo Diário Popular. Ele mesmo citou isso.
Aí, eu não contive a alegria e revelei que trabalhava nesse jornal. E ele acrescentou que só não assinou o recebimento da publicação em casa porque ele foi informado de que não havia entregas no seu bairro. Ele me contou que reside num bairro bem afastado da região de Guaianases, na Zona Leste de São Paulo. Fica aqui registrado um alerta dele para o departamento de circulação do Diário de São Paulo.
O mesmo rapaz me disse que participou de todas as promoções feitas pelo matutino, como as coleções de cupons para trocar carrinhos, motos e até do telefone celular. Ou seja, o cara realmente sabe das coisas. Ou seja, é de fato um leitor fiel. Depois, ele foi embora, me cumprimentou e pediu para mandar o recado sobre sua assinatura.
Desta forma, eu o agradeci. Quando eu parti em direção à estação de trem, percebi que cometi um enorme erro. Deveria ter perguntado seu nome para constar aqui. Agora infelizmente é tarde demais.
Mas minha felicidade foi maior ainda porque os principais assuntos da capa eram as minhas reportagens. Isso aconteceu na manchete principal e na chamada "manchete falsa", que é o título do alto da primeira página, mas com o tamanho das letras bem menor em relação a uma convencional:
A seguir, a reportagem sobre os motoboys publicada numa página interna do jornal:
Em relação ao seguro-desemprego, isso saiu na página mais importante de economia:
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