quinta-feira, 12 de março de 2009

Dia de comer pastel

Dois dias sem passar por aqui. Quanto mais a gente se recupera, o tempo começa a ficar mais escasso. Imagine só quando eu voltar novamente à ativa. Será uma correria sem tamanho. Mas a ausência aqui foi por dois bons motivos. Passei a terça-feira toda esvaziando mais uma mala com meus pertences para arrumar o guarda-roupa. Só agora consigo fazer isso, mais de quatro meses após o acidente.

A outra justificativa é o aumento do tempo da sessão de fisioterapia. Como me passaram mais exercícios para fazer, preciso cumprir o programa à risca, senão eu não me recupero. Sei que algumas pessoas não querem que eu me reabilite rapidamente porque preferem que esteja bem longe para aproveitar a vida, ou esconder as aprontações devido à minha ausência, ou ainda por achar que agora sou um encosto nos momentos de diversão total. Mas vamos ignorar isso. Deixarei a hora do desabafo para reviver mais uma boa história.

Na verdade, o importante é que toda quinta-feira se tornou tradicional em casa. Como é dia de feira aqui no bairro, a data da semana também se tornou o momento semanal de comer pastel. Que delícia! Qual a sua preferência? De carne, de queijo, de palmito, de pizza ou especial?

Isso mesmo. Quem nunca falou que o melhor pastel é aquele vendido na feira? Pode ser mito, mas acredito veementemente nisso. Na minha opinião, merece até uma tese ou virar assunto nas aulas de gastronomia. Desta forma, aproveitei a proximidade das barracas daqui de casa para buscar algumas unidades, com as mesmas dificuldades na hora de andar e com a minha companheira fiel e a única que sobrou nesse meio tempo. A bengala, é claro.

Aproveitei para exercitar a minha perna esquerda, conforme recomendado pelo fisioterapeuta. O único problema é que fui muito tarde à barraca frequentada há mais de 12 anos pela família. Assim, a maioria das variedades foi totalmente vendido. Sobraram apenas os pastéis de carne, queijo e apenas uma unidade do especial, que tem praticamente todos os recheios num único pastel. Pedi um de cada.

A barraca é comandada por uma família de conterrâneos da terra do Sol Nascente. Pai e filho comandam o espaço e preparam um pastel daquele. Se não fosse tão bom, a banca deles não ficaria tão lotada e os pastéis não teriam se esgotado ao final da feira. Foi sorte conseguir comprar no local às 12:35. Por conta da minhas condições físicas, levei todos eles para comer em casa. Meu pai ajudou a consumir aquele enorme pacote. Não sou tão fominha assim.

Não tem jeito mesmo. Em qualquer lugar, o pastel cai muito bem, seja em casa, na barraca, numa pastelaria ou caseiro, para quem sabe fazer a massa. Tanto que uma das lanchonetes noturnas mais movimentadas aqui em Suzano fez muita fama com o seu pastel. E, se a gente for mais longe, existe ainda uma banca que fica bem às margens da rodovia Rio-Santos. Alguém nunca ouviu falar do pastel Trevo de Bertioga? É um dos mais famosos do estado. Lá, o estabelecimento tem fotos dos clientes mais ilustres, como Jô Soares e Ana Maria Braga.

Fora isso, tem o conhecido pastel de bacalhau do Mercado Municipal de São Paulo, o tradicional Mercadão. A fama dessa variedade cruzou as portas do local e atrai multidões, que vêm da própria capital e de outras cidades de São Paulo. Toda essa história só sustenta a minha opinião. De volta a pacata Suzano, o jeito é aguardar a próxima quinta-feira.

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