Quando saio da minha casa em direção à redação do jornal onde trabalho, preciso enfrentar uma verdadeira maratona até chegar a São Paulo. Para ir de forma mais rápida e com preço mais barato, costumo usar os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e, em seguida, o metrô. Mas a viagem poderia ser bem menos estressante e mais civilizada se a maioria dos passageiros tivesse o mínimo de bom senso, ao seguir as orientações básicas dadas nas estações.
No entanto, isso dificilmente acontece logo nas plataformas de embarque. Os auto falantes sempre avisam as pessoas para ficarem atrás da linha amarela de segurança. Mas as pessoas fazem questão de desrespeitar esse alerta com o objetivo único de concorrerem a um lugar na poltrona dos vagões. Conclusão: todos distribuem cotoveladas entre todos até a abertura das portas.
E o problema não para por aí. Nesse mesmo momento, os funcionários pedem para os passageiros do lado de fora aguardarem o desembarque de quem está dentro do trem. O pedido é simplesmente ignorado. O pessoal na plataforma pressiona a entrada e só deixam os demais saírem quando se sentam. Por esse motivo, presenciei algumas vezes alguém que não conseguiu sair a tempo, antes do fechamento das portas. Absurdo total.
Fora isso, existem ainda os usuários sem o mínimo de noção porque ignoram a placa de orientação sobre a utilização dos assentos preferenciais. Muitos sentam e fingem aquele cochilo para não abrir oportunidade aos que realmente precisam, como idosos, grávidas e deficientes. Em muitos momentos, precisei abrir mão de viajar sentado sem estar no espaço exclusivo deles para proporcionar conforto a quem realmente precisa. Quanto desrespeito, viu.
Após o desembarque do metrô, a saída da estação costuma ser muito desgastante pelo simples fato dos usuários não seguirem o que está escrito nas placas de aviso. A publicação pede para deixarem o lado esquerdo da escada rolante livre como forma de facilitar o acesso, principalmente para os mais apressados. Porém, vários deles param no degrau e fecham o caminho.
Assim, vários frequentadores são obrigados a esperar a boa vontade, mesmo com a pressa de passar logo. Algo sem necessidade, pois o local poderia estar aberto na esquerda para o povo mais agitado passar sem qualquer problemas. Isso só na teoria, pois na prática a regra não é cumprida.
Se os passageiros seguissem essas pequenas ordens, com certeza, a viagem teria um clima muito melhor. E a CPTM e o Metrô registrariam menos ocorrências e reclamações. Tudo bem que as duas estatais se esforçam para melhorar a situação, mas depende de cada usuário decidir ajudar para se chegar a esse utópico resultado. Afinal, a esperança é a última que morre.
sábado, 5 de junho de 2010
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