Percorria as ruas de Mogi das Cruzes após a tradicional balada de sábado à noite. Como não tinha companhia, o jeito foi sair sozinho mais uma vez. Na verdade, estava acompanhado, mais uma vez, do meu carro. Depois de fazer aquela refeição antes de ir embora, dar uma volta extra em frente ao local onde havia ido. Não costumo fazer isso habitualmente, mas ao quebrar essa regra dentro dessa pequena rotina, percebi que faria a boa ação do fim de festa.
Ao passar em frente ao Buxixo Bar, avistei uma pessoa sentada na praça próxima. Assim, reconheci a pessoa. Na verdade, tratava-se de um colega que foi ao mesmo local onde havia entrado. Mas ele estava completamente bêbado, sem carro e não tinha dinheiro para pagar um ônibus. Coisas da embriaguez. Porém, não revelarei sua identidade por questões de preservá-lo, afinal quem nunca tomou aquele porre?
Após vê-lo acuado na rua em plena a uma das noites mais fria do ano, perguntei se queria uma carona. Imediatamente, ele disse se tinha sido o anjo da guarda enviado lá de cima para tirá-lo da enrascada. Agradeceu a viagem toda de 15 quilômetros entre Suzano e Mogi das Cruzes.
A curiosidade foi mais alta e perguntei o que ele fazia na praça sentado. Justificou que não tinha dinheiro no bolso, apenas os cartões do banco para pagamento em débito automático. Para piorar a situação, seus amigos foram embora antes porque conseguiram companhia feminina como forma de fechar a noite.
Além disso, confidenciou a possibilidade de ter dormido na rua, ao relento caso não tivesse passado outra vez. Ainda bem, não tinha mudado de ideia e fazer a minha última volta. A conclusão que cheguei com tudo isso foi a necessidade de jamais repetir a rotina de sempre, seja em qualquer lugar.
São entre essas e outras que conseguimos grandes surpresas na vida. A minha ocorreu nessa oportunidade, com a necessidade de fazer a boa ação do fim da balada de sábado. A sensação é de dever cumprido. Ainda bem.
domingo, 6 de junho de 2010
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