terça-feira, 29 de junho de 2010

A importância da palavra "tio"

Durante muito tempo, eu fui chamado desta forma por várias crianças. Afinal, sempre gostei delas e tive paciência para lidar com esse público desde quando ainda era muito novo. Para qualquer menino ou menina, quem dá aquela atenção sempre ganha a referência de tio. No meu caso, não fazia a menor diferença, pois antes só me importava ganhar a confiança delas. Se isso acontece, pode ter certeza que é algo bem sincero. Mas agora eu conheço de fato o significado dessa palavra.
                                         
Definitivamente, ser tio também tem suas responsabilidades e as recompensas. Mas dá um cansaço físico, ainda mais quando a sobrinha é o furacão Rafaela. Com seu um ano e quatro meses, ela corre para todos os lados, puxa pela mão para brincar e ganhar atenção, além daquela disposição de aprontar.Como a convivência é próxima, o jeito é ajudar a cuidar dela. Um belo exercício de aprendizado quando se trata de uma aula de vivência infantil.

Nessa tentativa de ser breve, eu digo. Apesar do desgaste físico, considero muito gratificante participar desta fase, mesmo como um mero coadjuvante. O fato dela sempre ficar feliz com a minha presença nas brincadeiras, ou na vontade de ficar próxima a mim ou ainda quando ela me chama de "titi" apaga todos os sintomas de cansaço.

De fato, aprendi como o significado da palavra "tio" é tão importante quando a pessoa nessa situação faz tudo de coração. Sinto-me assim porque eu ajo desta forma. E não tenho vergonha de admitir o quanto essa sobrinha me fez sentir melhor e importante.

domingo, 27 de junho de 2010

O que elas querem?

É difícil entender o universo feminino. Ou pelo menos conviver nele. Ainda mais quando o assunto é interesse entre homem e mulher. Aí, minha cabeça fica cada vez mais confusa. Nossa, como eu fico completamente perdido. Eu hein...

Comento desta forma, mais uma vez, porque voltarei ao meu dilema das últimas semanas. A maioria delas reclama que nós, homens, não queremos nada sério e não temos atitude na hora de agir para mostrar os nossos interesses em relação às garotas.

A grande queixa é, sobretudo, o fato de não mostrarmos a disposição de nos envolvermos com as garotas. O assunto vira uma grande discussão em qualquer lugar, numa roda de mulheres. Sei disso, pois tenho várias amigas que me confidenciam isso.

Então, agora vou afunilar a multidão masculina até chegar ao meu atual exemplo. Agora, só contarei sobre mim. Afinal, decidi agir completamente de acordo com o público feminino pede em coro. Ou seja, tive a tal atitude, agi e mostrei o meu tal interesse para uma moça.

Ao saber que fiz isso, minhas amigas logo se manifestaram e até me elogiaram por tal feito. Caramba, fiquei até constrangido e, ao mesmo tempo, na expectativa de ter algum êxito no meu objetivo. Oras, realizei algo sempre cobrado pelas mulheres em geral.

No entanto, a tal moça simplesmente recuou. E, ao persistir para demonstrar a minha disposição, ela optou pelo silêncio. Sem resposta nenhuma até agora. Ou seja, fico nessa incógnita e sem saber o que fazer desde então. Minha confusão só aumentou.

Para não invadir o espaço dela, também optei pelo meu silêncio. Foi uma forma de deixá-la a vontade para me procurar, se quiser. Já está muito bem claro o que gostaria e quem precisava tomar conhecimento disso sabe muito bem sobre esse interesse.

Aliás, já a vi de longe em algumas ocasiões após minha ação. Mas ainda prefiro me enclausurar dentro de mim, não por orgulho mas para ela não se sentir pressionada. Não sei se estou certo ou errado. Só a minha confusão aumenta ainda mais.

Enquanto ainda espero (não sei até quando), o jeito é deixar registrado para as mulheres que fiz conforme reivindicação do público feminino. Só fiquei com a dúvida se isso mesmo é o maior problema dos homens, pois elas ficam assustadas quando agimos assim. Vai saber.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Quer saber de verdade?

Entre uma viagem e outra, a internet faz qualquer um percorrer muitos mundos. Também me leva a visitar amigos que estão por perto ou mais distantes. Há dez anos, não imaginava a possibilidade de localizá-los virtualmente pelas páginas de relacionamento (Orkut, Twitter e Facebook, entre outras). Trata-se da nossa vida cada vez mais próxima, apesar da distâncias físicas.

Nessa cruzada diária pela rede mundial de computadores, algo me chamou bastante atenção. Li uma postagem de uma amiga e colega de profissão. Nesse conteúdo, percebi algo muito interessante. Ainda existem mulheres com muita atitude. Perfeito!

Aliás, isso é algo que falta na maioria delas. Pelo menos, cheguei a essa triste conclusão depois de me deparar com algumas situações já relatadas por mim antes. Nem vale a pena comentar novamente. Por outro lado, o conteúdo desse texto serviu para eu reconsiderar o meu pensamento anterior.

Além disso, a postagem da jornalista Erika Digon na sua página do Facebook é o contrário do que a maioria das mulheres faz hoje. Em vez de ficar em cima do muro à espera de um milagre ou coisa parecida, ela desce dele e dá muito bem o seu recado. Mandou bem, amiga.

Também deu para perceber como as palavras ganham essência quando as mesmas são movidas pelas fortes emoções. Tanto as reportagens quanto os meus outros textos sempre ficam excelentes quando há esse fator. Bom, acho que comentei demais.

Quem leu até aqui, com certeza verá as palavras sinceras da Erika até o final. E depois, vale a pena refletir:

"Quer saber de verdade? Não sou boa com números nem com frases-feitas. Gosto do que me tira o fôlego! Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica e uma vontade que não passa...Não sou fácil. Não coleciono inimigos, mudo de humor conforme a lua. Tenho o desassossego dentro da bolsa e um par de asas que nunca deixo...

Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos. Não, não e não!!! Eu não quero dor. Eu não quero olhar no espelho e ver você escorrer, manchando minha cara bonita... E CHEGA! Vou dormir! Até amanhã..."

terça-feira, 22 de junho de 2010

O sentimento de perda

Lidar com o sentimento de perda na nossa vida não é tão fácil assim. Definitivamente, causa uma grande frustração. E essa sensação pode chegar de diversas formas dentro do cotidiano, como a de uma certa quantia em dinheiro, ou da grande oportunidade de trabalho, ou ainda daquela pessoa que tenha despertado algum interesse mas não demonstrou algo recíproco, ou também de quem até então era o grande amor da sua vida, porém desistiu de ti. Esses exemplos clássicos nunca saem de moda. Quem nunca se lamentou por uma dessas situações?

No entanto, nada é pior que conviver com várias perdas num curto espaço de tempo. Nesse caso, tiro como base o meu próprio retrospecto, apesar da minha incansável tentativa de superar a tudo isso.  Consegui perceber uma outra possibilidade tão ruim quanto à minha. Deve ser terrível assistir à progressão desse sentimento de forma gradativa. Ainda mais quando envolvem pessoas queridas.

Pode parecer estranho, mas descobri tudo isso numa rápida conversa com uma certa pessoa em pleno agito de sábado à noite. Todos sabem que tudo é papo de bêbado ou os diálogos são fúteis em meio à ocasião. Isso não aconteceu nessa oportunidade. Afinal de contas, não consumo mais nada alcoólico quando estou no volante, desde o meu grave acidente de trânsito. Virei alguém careta?

Talvez, esse fator fez esse tal conteúdo ficar até hoje na minha mente. Logo ao conhecê-la, a conversa fluiu de uma certa forma, a ponto de falarmos de coisas mais particulares. Ao contar poucos detalhes da morte de seu pai, também confidenciei que havia perdido dois tios muito próximos em menos de um ano. Além de compartilhar de algo semelhante, foi uma forma de tentar confortá-la e mostrar que precisamos seguir em frente, como tento até hoje.

Os argumentos apresentados por ela para superar foram bem convincentes. "Procuro me lembrar sempre dos bons momentos que tive com ele", declarou a tal moça. Assim, veio mais uma vez aquele tradicional filme com as belas recordações dos meus tios Pedro e Cleycir. Os dois morreram, pela ordem, em agosto de 2009 e abril último, ambos vítimas de câncer.

E esse diálogo me fez refletir até agora numa outra vertente que até então não havia imaginado, por egoismo da minha parte. Como nunca tinha percebido, pois minhas duas tias e as minhas primas enfrentaram o mesmo tipo de história sem sequer eu me manifestar? Com certeza, a disposição incessante de contornar os percalços dentro dos dois exemplos na família desviou minha atenção.

Bom, o jeito agora é fazer o mesmo que aprendi ainda nessa conversa. Irei sempre me recordar das boas histórias convividas com esses dois tios. Com certeza, eu já agia desta forma. Esse papo apenas serviu para ratificar que já seguia o caminho certo rumo à superação.

Depois desse acontecimento, só tenho uma única esperança: ainda espero um dia poder novamente ter contato com quem abriu ainda mais minha mente. Além disso, pretendo agradecer pessoalmente pelo seu grande feito. Já tentei fazer isso da minha maneira. Agora, conto com o apoio dos meus dois emissários envolvidos nessa história que estão no plano superior e poderão pedir uma certa ajuda. Enquanto isso, fica o meu muito obrigado de forma indireta e por meio de texto.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A primeira Copa do Mundo

Mais uma Copa do Mundo começou para a Seleção Brasileira. A equipe pretende, a qualquer custo, conquistar o hexacampeonato e se tornar a maior vencedora de todos estes torneios. Claro, isso interessa a cada um dos brasileiros que acompanham uma das maiores paixões do país: o futebol. Porém, essa edição tem um fato marcante, por ser a primeira acompanhada por uma pessoa. Adivinha de quem eu falo? Da sobrinha Rafaela, obviamente.

A pequena já assiste a todos os passos desta Copa com apenas um ano e quatro meses, completado hoje (16-06). Na verdade, ela não entende a importância das partidas que envolvem a seleção. Por outro lado, já absorve a necessidade de todos viverem num verdadeiro clima de família. Esse fator é bom porque dá todas as bases de sustentação para manter caráter, a integridade e a honestidade.

E talvez a bebê já entende essa importância, pois sempre fica feliz quando todos os parentes mais próximos estão juntos dela. E isso aconteceu na primeira partida do Brasil, contra Coreia do Norte. Placar foi magro, dois a um para a equipe brasileira.

Enfim, a Rafaela foi vestida bem a caráter para a ocasião. Para isso, precisou utilizar alguns acessórios, como plumas e óculos escuros da época. Para facilitar a nossa vida, a revista Época ficou de nos ajudar.

Olha só como a pequena ficou pronta para assistir à partida:



Depois, ela brinca a bessa com os chocalhos:


Vale a pena colocar mais uma pose dela toda personalizada:



Se o jogo não empolgou, com certeza a presença dessa pequena pessoa conseguiu nos alegrar durante a partida. Agora, a expectativa é de que a Copa do Mundo deste ano seja uma de muitas na qual ela acompanhará, ainda criança, na adolescência e até mesmo na fase adulta.

terça-feira, 15 de junho de 2010

A vontade de me aproximar

Certas coisas parecem uma verdadeira ideia fixa na cabeça. Ainda mais quando um certo pensamento cai e se instala repentinamente, depois de um longo período de quarentena. Na verdade, era um vazio que não se preenchia. Bom, definitivamente acredito na possibilidade de inconscientemente ser o fato de querer ocupar esse espaço amplo, até então sem alguém.

Pois bem, é difícil entender certas coisas. Explicar então, fica uma missão impossível. Porém, tentarei isso. Apenas senti a vontade incessante de querer apostar todas as fichas num esforço de conhecer melhor uma certa pessoa. Somente isso e nada mais, por enquanto. Afinal, esse é o que gostaria nesse momento. Para mim, já bastaria.

Engraçado isso. O desejo de ficar mais próximo surgiu nos primeiros contatos. Ao conhecê-la, percebi nela uma pessoa madura e articulada. Bem no estilo que admiro numa mulher de fato, bem longe das conversas futéis e sem qualquer tipo de conteúdo. Parece exagero, mas as conversas eram envolventes. Não acabavam repentinamente a ponto de ficarmos sem assunto.

Mas como alcançar esse objetivo, sem me passar por insistente ou assustar ou ainda sem fazer o estereótipo de um mero galanteador barato? Gostaria de uma resposta plausível, tirada dentro das minhas próprias conclusões. Busco as soluções para essas perguntas porque talvez eu já tenha me transformado em todos esses elementos ao descer do muro e partir para a ofensiva.

Isso pode ter ocorrido porque resolvi agir e tomar alguma atitude direta. Ou seja, dar a cara para bater, depois de ficar um bom período no isolamento para reorganizar a minha mente. Ao sair dessa clausura de dentro de mim mesmo, demonstrei, deixei claro e agi de todas as maneiras possíveis para abrir um canal e alcançar a minha meta.

No início, pensei que conseguiria, mas veio uma reviravolta desfavorável. Às vezes, acho que devo ter causado muito susto a ponto de afugentá-la pelo simples fato de literalmente partir para cima, sem ser deselegante ou mal educado.

Devido a esse motivo, eu ainda reflito diariamente sobre o assunto. Ainda mais porque só gostaria de me aproximar num primeiro momento. Coisa simples. Pode parecer um tanto convencido, mas todas as amigas próximas presenciaram e elogiaram a minha iniciativa de agir desta forma, com atitude, objetividade e clareza no que realmente queria.

Aliás, a principal reclamação das mulheres e também das minhas amigas é a falta de atitude masculina na hora de persuadir. Fiz completamente o contrário para não parecer um mero conquistador barato. Mas infelizmente não consegui convencer quem eu realmente gostaria de atingir. Não imaginava que a situação mexeria comigo assim.

Paciência. No entanto, não vou me lamentar totalmente por um único motivo: pelo menos, eu agi. Muito melhor arriscar ao invés de deixar o tempo passar e depois remoer por não ter tomado uma atitude. Depois de tudo, não tenho como negar o meu interesse. Quem sabe, nem tudo esteja perdido?

Bom, o meu recado foi dado e mostrei ser uma pessoa decidida e aberta, acima de tudo. Se todos esses fatores forem virtudes, talvez eu tenha elementos para convencê-la mais adiante ou quem novamente despertar em mim essa mesma vontade de me aproximar. Só o tempo dirá, pois aprendi que ele é eficaz em todos os momentos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Reunidos novamente

De fato, o tempo passa. Em certas coisas, conseguimos evoluir. Nas outras ocasiões, continuamos sem avançar os passos. E, de vez em quando, até caminhamos de costas para regressão. Isso é natural em qualquer ser humano. Porém, existe algo que continua intocável, como ter essas garotas como verdadeiras amigas. Ganhei muitas outras valorosas amizades nesse meio tempo, inclusive após meu acidente, porém o destino faz nós cruzarmos os respectivos caminhos. Ainda bem.

Aos poucos e naturalmente, voltamos a nos reunir após um longo período sem contato. Cada um havia seguido uma trilha diferente. Alguns continuaram nessa progressão. Outros, como é o meu caso, tiveram que recuar por decisões equivocadas nesse rumo (melhor arriscar em vez de pecar por omissão). Mas isso agora não importa.

Assim, voltamos a ficar próximos. É difícil falar, pois as palavras podem ser poucas demais. Então começo ao dizer que são grandes companheiras de todos os momentos, desde a tristeza até a alegria. a felicidade agora é de estarmos juntos novamente, apesar de uma delas se encontrar mais distante. Mas ela sempre volta para nos ver, não é mesmo Tatiana?

Enquanto uma está mais longe, mostro quem continua nesse convívio mais próximo. Por conta desse retorno - ou cruzamento de caminhos -, eu, a Milena, Cláudia e a Kátia estamos de volta ao circuito. Isso tudo aconteceu também movimentado pela necessidade de um ajudar o outro para sair das dificuldades impostas pela vida. Na minha modesta opinião, uma forma de amenizar as frustrações, as dores e as feridas ainda abertas no coração. Afinal, para que servem os amigos?

Enfim, de volta a alegria como todos nós buscamos. Em vez de relatar, mostrarei essa nova fase em imagens. Afinal, há muito tempo, a gente não fazia uma foto juntos. Nesse caso, nada como celebrar com um bom brinde, durante a apresentação da banda Telerocks no Buxixo.

Pela ordem natural, estão a Cláudia, a Milena, eu e a Kátia:




Para não esquecer quem está mais longe por conta de rumos profissionais, vou repetir uma foto tirada no final do ano passado para também mostrar a Tatiana. Espero sua nova visita:





Como é bom ter amigos (nesse caso amigas) assim. A situação só mostra como é importante manter as amizades acima de tudo. Imagina só se eu não tivesse isso, como me recuperaria de tudo que passei. Com certeza, seria muito mais difícil. Enquanto não retomo totalmente o meu caminho, ajudo a dar aquele empurrão para elas engrenarem. É o mínimo para se fazer.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Fim de semana perfeito

O final de semana estava prestes de acabar. Precisei trabalhar metade dele. Pelo menos folguei a outra parte desse período. Alivia um pouco como forma de descansar e se preparar para o próximo, de plantão na redação do Diário de São Paulo. Então, resolvi encontrar alguém muito especial. Na verdade, fui ver a única garota que atualmente me aceita e gosta de mim como eu sou realmente. Quem será? É apenas a Rafaela, a minha sobrinha.

Amigas do peito, não se ofendam com a declaração anterior. Sei que vocês me consideram. Fiz isso só para causar aquele tradicional suspense (risos). Como essa ponta de dúvida já acabou, voltarei à história anterior. Decidi encerrar esse fim de semana com uma rápida visita para a bebê. Afinal, eu ainda não tinha visto a pequena por conta do serviço, pois ela costuma aparecer em casa aos sábados. Nesse último, eu estava no trabalho.

Só o fato de vê-la me trouxe mais alegria para um final de semana um tanto melancólico. Além de trabalhar, havia cometido um deslize que ainda me lamentava até então. Esqueci de tudo. Como a presença de uma criança serve de tratamento paliativo para as dores, tanto físicas quanto psicológicas. A espontaneidade me contagiou, definitivamente.

E a situação toda fica mais acentuada porque criança sempre é sincera. Se adora uma pessoa, demonstra e faz de tudo para alegrar. Foi o que a sobrinha fez comigo. Me puxava pela mão para brincar e chamar a minha atenção. Não dava uma folga para conversar com os pais. Que bela cobrança. Se tivesse algo assim todos os dias dela, com certeza o cotidiano cinzento com certeza seria muito mais colorido.

Olha, se as ações dela conseguem emocionar um simples tio coruja e às vezes de coração bobo e mole, um mero coadjuvante na vida dessa criança, imagina para os personagens principais da história dela, como o pai e a mãe dela. O certo disso tudo é o fato de eu começar a semana mais feliz porque conseguir vê-la. E de me lembrar como a Rafaela me chama: "titi". Como ela ainda não completa a palavra "titio", já basta ouvir a primeira referência.

Agora, eu digo. Como não se render a essa pequena pessoa?



Bom tenho certeza que vou me aborrecer pelo menos uma vez no decorrer da semana por causa do cotidiano turbulento. Enfim, o jeito é me lembrar das travessuras da sobrinha para atenuar o ritmo estressante. Não é desespero de causa ou pressa disso, mas espero um dia me tornar um bom pai como tento ser um belo tio.

domingo, 6 de junho de 2010

A boa ação após a balada

Percorria as ruas de Mogi das Cruzes após a tradicional balada de sábado à noite. Como não tinha companhia, o jeito foi sair sozinho mais uma vez. Na verdade, estava acompanhado, mais uma vez, do meu carro. Depois de fazer aquela refeição antes de ir embora, dar uma volta extra em frente ao local onde havia ido. Não costumo fazer isso habitualmente, mas ao quebrar essa regra dentro dessa pequena rotina, percebi que faria a boa ação do fim de festa.

Ao passar em frente ao Buxixo Bar, avistei uma pessoa sentada na praça próxima. Assim, reconheci a pessoa. Na verdade, tratava-se de um colega que foi ao mesmo local onde havia entrado. Mas ele estava completamente bêbado, sem carro e não tinha dinheiro para pagar um ônibus. Coisas da embriaguez. Porém, não revelarei sua identidade por questões de preservá-lo, afinal quem nunca tomou aquele porre?

Após vê-lo acuado na rua em plena a uma das noites mais fria do ano, perguntei se queria uma carona. Imediatamente, ele disse se tinha sido o anjo da guarda enviado lá de cima para tirá-lo da enrascada. Agradeceu a viagem toda de 15 quilômetros entre Suzano e Mogi das Cruzes.

A curiosidade foi mais alta e perguntei o que ele fazia na praça sentado. Justificou que não tinha dinheiro no bolso, apenas os cartões do banco para pagamento em débito automático. Para piorar a situação, seus amigos foram embora antes porque conseguiram companhia feminina como forma de fechar a noite.

Além disso, confidenciou a possibilidade de ter dormido na rua, ao relento caso não tivesse passado outra vez. Ainda bem, não tinha mudado de ideia e fazer a minha última volta. A conclusão que cheguei com tudo isso foi a necessidade de jamais repetir a rotina de sempre, seja em qualquer lugar.

São entre essas e outras que conseguimos grandes surpresas na vida. A minha ocorreu nessa oportunidade, com a necessidade de fazer a boa ação do fim da balada de sábado. A sensação é de dever cumprido. Ainda bem.

sábado, 5 de junho de 2010

Sem grandes regras nos trens

Quando saio da minha casa em direção à redação do jornal onde trabalho, preciso enfrentar uma verdadeira maratona até chegar a São Paulo. Para ir de forma mais rápida e com preço mais barato, costumo usar os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e, em seguida, o metrô. Mas a viagem poderia ser bem menos estressante e mais civilizada se a maioria dos passageiros tivesse o mínimo de bom senso, ao seguir as orientações básicas dadas nas estações.

No entanto, isso dificilmente acontece logo nas plataformas de embarque. Os auto falantes sempre avisam as pessoas para ficarem atrás da linha amarela de segurança. Mas as pessoas fazem questão de desrespeitar esse alerta com o objetivo único de concorrerem a um lugar na poltrona dos vagões. Conclusão: todos distribuem cotoveladas entre todos até a abertura das portas.

E o problema não para por aí. Nesse mesmo momento, os funcionários pedem para os passageiros do lado de fora aguardarem o desembarque de quem está dentro do trem. O pedido é simplesmente ignorado. O pessoal na plataforma pressiona a entrada e só deixam os demais saírem quando se sentam. Por esse motivo, presenciei algumas vezes alguém que não conseguiu sair a tempo, antes do fechamento das portas. Absurdo total.

Fora isso, existem ainda os usuários sem o mínimo de noção porque ignoram a placa de orientação sobre a utilização dos assentos preferenciais. Muitos sentam e fingem aquele cochilo para não abrir oportunidade aos que realmente precisam, como idosos, grávidas e deficientes. Em muitos momentos, precisei abrir mão de viajar sentado sem estar no espaço exclusivo deles para proporcionar conforto a quem realmente precisa. Quanto desrespeito, viu.

Após o desembarque do metrô, a saída da estação costuma ser muito desgastante pelo simples fato dos usuários não seguirem o que está escrito nas placas de aviso. A publicação pede para deixarem o lado esquerdo da escada rolante livre como forma de facilitar o acesso, principalmente para os mais apressados. Porém, vários deles param no degrau e fecham o caminho.

Assim, vários frequentadores são obrigados a esperar a boa vontade, mesmo com a pressa de passar logo. Algo sem necessidade, pois o local poderia estar aberto na esquerda para o povo mais agitado passar sem qualquer problemas. Isso só na teoria, pois na prática a regra não é cumprida.

Se os passageiros seguissem essas pequenas ordens, com certeza, a viagem teria um clima muito melhor. E a CPTM e o Metrô registrariam menos ocorrências e reclamações. Tudo bem que as duas estatais se esforçam para melhorar a situação, mas depende de cada usuário decidir ajudar para se chegar a esse utópico resultado. Afinal, a esperança é a última que morre.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Incógnita, insegurança e confusão

Não sei como explicar. Tudo parece uma verdadeira incógnita. São sensações completamente indefinidas, a ponto de mal poder me expressar sobre o que realmente acontece. Muito engraçado isso. O jeito é jogar as palavras, numa tentativa de dar uma conexão até formar um texto.

Mas será muito difícil fazer isso. Montar uma palavra ligada a outra e construir algo coerente. Afinal, minha mente está totalmente desconexa. A única explicação para isso é o fato de me encontrar extremamente confuso.

Empolgação demais, ou insegurança de errar mais uma vez com minhas atitudes, ou medo de não tomar a iniciativa correta? Sei lá. Ou não saber mais lidar com certas ocasiões devido ao fato de não querer enfrentar outra decepção? Na verdade, trata-se de uma mistura de todas essas situações.

Bem que tento escrever algo com o devido contexto e tudo mais para encontrar uma justificativa racional e buscar uma explicação sobre o que acontece comigo. Mas está difícil, viu. Paro para pensar quando estou no trem a caminho do jornal ou no retorno, enquanto treino natação ou musculação e nas minhas incursões pela internet.

Mas não chego a nenhuma conclusão racional. Engraçado, mas será que apenas eu passei e passo por um momento igual a esse? Alguém já enfrentou algo assim? Gostaria de saber de quem se prontificar a me dar possíveis respostas. Talvez, os novos tempos começaram a chegar para mim.

Pode ser o medo de supostas mudanças, que passou a me consumir a ponto de assumir um clima de instabilidade na minha realidade interior. Mas queria retomar a minha segurança peculiar e a objetividade como forma de lidar com esse verdadeiro ponto de interrogação e transformá-lo em exclamação. O jeito é aguardar uma luz para saber qual será o caminho.