Voltava de São Paulo, após um domingo com os novos amigos e amigas. Como ainda não dirijo para todos os cantos, retornei de condução e, ao chegar a Suzano, parei numa padaria para matar aquela fome. Nesse momento, tive a oportunidade de encontrar um velho conhecido dos tempos da escola Justiniano. Era o Cosme dos Santos Souza. Ao me ver, ele disse que me viu no comercial do Diário de São Paulo na televisão. Ao mesmo tempo, relembrou algo esquecido há muito tempo. Para fazer referências à propaganda, reviveu quando me candidatei ao cargo de diretor de imprensa da nossa chapa concorrente ao Grêmio Estudantil do colégio, em 1993.
Sempre envolvido com o handbol desde a época da escola, a lembrança de Cosme me fez retornar àquele período. Antes de me candidatar, já dava os primeiros passos nessa área. Isso mesmo. Participava do jornal que o Grêmio Estudantil editava para os alunos da escola. Além disso, também costumava falar no microfone nos momentos em que outros estudantes instalavam um sistema de som no pátio para anunciar as músicas tocadas pelos aparelhos. Como se fosse numa rádio.
E como poderia me esquecer de 1992. Ainda no segundo ano do antigo segundo grau (atual ensino médio), fiz a cobertura de uma passeata feita por alunos de diversas escolas da cidade para pedir o impeachment do então presidente Fernando Collor. Era o período dos "caras pintadas", uma alusão aos jovens que protestavam com pinturas no rosto contra o chefe do Executivo do país, acusado de corrupção. Assim, acompanhei todos os passos do movimento para o jornal da escola.
Um ano mais tarde, decidi concorrer à chapa liderada pelo Cosme para o Grêmio. Com a pouca experiência na área, dentro da escola, me candidatei para o cargo de diretor de imprensa. No entanto, o nosso grupo perdeu as eleições por dois motivos. Um deles foi o espírito idealista de fato adotado pelo grupo, de querer melhorar a situação dos estudantes, porém sem muito planejamento. Por outro lado, a turma adversária tinha pessoas mais velhas e desta forma se articulou mais politicamente junto aos alunos, com promessas e projetos mais concretos.
O tempo passou e daquela época ainda trago marcas absorvidas da vivência no Grêmio Estudantil. Uma delas é o compromisso de trazer a melhor informação em qualquer lugar onde eu trabalhar. Fora isso, também carrego o espírito impetuoso de correr atrás e lutar sempre por algo melhor. Talvez, esses motivos foram responsáveis por ainda sobreviver no jornalismo, em meio aos 15 anos de profissão, sem contar os tempos escolares.
Desta forma, continuo jornalista e hoje trabalho no Diário de São Paulo. O Cosme se dedicou a sua paixão adquirida ainda nas quadras da escola. Jogou e depois se tornou técnico de handbol. Bons tempos, responsáveis pela nossa formação, cada um em seu segmento, claro.
domingo, 29 de novembro de 2009
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