terça-feira, 29 de setembro de 2009

Na Capital do Poder - Parte 5

Descontração e solidariedade

A ideia inicial era escrever seis partes dessa minha saga na Capital do Poder. No entanto, decidi aumentar mais um capítulo dessa história toda em Brasília, após ter recebido novas fotos da assessoria de imprensa da Fenabrave, a federação nacional das concessionárias de veículos. As imagens mostravam o grupo de jornalistas que participaram do congresso sobre as revendedoras a convite da entidade, a da organizadora do evento. O registro apenas ratifica o resumo de tudo, a verdadeira combinação de trabalho, lazer e, sobretudo novas amizades na profissão.

Isso mesmo. Participar de um congresso igual a esse pode até não render pautas usadas no nosso dia-a-dia. Mas os conhecimentos adquiridos num grande encontro desta natureza servem para dar novos conhecimentos para futuras reportagens. As informações das palestras conseguem o objetivo de abrir nossa mente. Além de tudo, é uma maneira de evoluir, dentro da nossa base de dados chamada memória.

Fora os dados, o congresso tem outros bastidores dentro do jornalismo. O convívio de profissionais do meio no mesmo grupo num grande encontro desta magnitude também traz um lado mais intimista. Forma-se um simples mas poderoso canal de relacionamento entre pessoas da profissão.

Quem acha que isso é uma forma de fazer média entre os colegas do ramo, está completamente enganado. Afinal, ter esse tipo de acesso só traz credibilidade e seriedade junto aos demais. Basta só agir com bom senso e isenção. Nesse caso, o jornalista só colherá bons frutos e, consequentemente, fez um bom marketing de si mesmo ao mostrar suas qualidades. Ou seja, ganha respeito.

Além disso, o estreitamento do relacionamento em meio a um congresso também traz verdadeiras trocas de experiências em meio às conversas. Um exemplo disso, foi a minha ajuda dada a uma repórter do jornal Estado de Minas. Ela não conseguia um especialista em matemática financeira para simular financiamentos de veículos. Assim, indiquei um professor dessa área que sempre costumo conversar em São Paulo, o Antônio Dutra de Oliveira Sobrinho.

A naturalidade de entrevistá-lo me fez reagir da mesma forma. "Liga para o Dutra", respondi para a jornalista quando me falou dos seus transtornos. Em seguida, percebi que conversava com uma profissional de outro estado. Aí, expliquei quem era o tal Dutra e a mesma se interessou imediatamente. Passei os contatos dele. Viu só como é importante estar nesses eventos?

Por outro lado, o permanente convívio durante o evento também aproxima a todos a ponto de ganharmos momentos de descontração. Afinal de contas, todos nós merecemos. Nessa primeira foto, os jornalistas se reuniram numa das mesas do jantar de lançamento do congresso. Era totalmente social:



No dia seguinte, os mesmos profissionais enfrentaram a maratona do primeiro dia de congresso, com várias palestras e tudo mais. No meu caso, fiz questão de assistir à palestra magna do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Nessa mesma abertura, rendeu uma reportagem para o dia, quando o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, fez um pedido público ao governo federal para prorrogar por mais três meses a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre o preço dos automóveis novos. O jeito foi mandar o texto para sair no dia seguinte. Ainda bem.

Depois do dia atribulado. Os jornalistas voltaram a se reunir em mais um momento descontração. Fomos jantar num bom restaurante na capital federal. Com isso, o fotógrafo da Fenabrave fez alguns flagrantes. Até conseguiu um comigo na ponta da mesa logo quando olhei para o lado. Não foi pose:




Mas os cliques não pararam por aí. Em seguida, o Marcão fez questão de registrar a mesa toda:



Ao final do jantar, todos se reuniram na piscina ao lado do restaurante, que ficava num importante e conhecido clube esportivo de Brasília:



Mas os jornalistas não se contentaram apenas com o jantar. Em seguida, fomos visitar alguns pontos turísticos em plena noite. A melhor foto noturna de todos foi essa feita na Catedral Metropolitana:



Com o turismo noturno, o grupo todo decidiu voltar para o hotel e descansar para o último dia de congresso. Eu ainda dei uma esticada numa balada que não havia ido. Valeu a pena só para conhecer. Porém, só quis mostrar que essa proximidade também faz parte para ser bem sucedido na profissão.

Ao ter esse bom trânsito, a experiência acumula vivências dos demais. Viu só como não é apenas diversão? Conclusão: consegui mais contatos e fontes para novas entrevistas. Por esse motivo, sempre saio da toca chamada redação quando consigo. Pelo menos, as pessoas sabem que eu realmente existo. E aguardem que ainda temos outras duas partes.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O antes e depois

Quando parei para avaliar, percebi apenas uma coisa. Num álbum de músicas, havia duas canções que relatavam com exatidão dois períodos de minha vida. Como uma cantora conseguiu isso num único trabalho?

Pois bem, a cantora Marisa Monte alcançou esse feito. No seu "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor" (2000), a intérprete fez, em músicas distintas, a separação da minha realidade anterior em duas etapas.

Na primeira delas, antes do acidente, eu pensava exatamente em relação ao conteúdo a seguir. Era uma vivacidade. Apostava muito na possibilidade disso durar por muito tempo. É só conferir abaixo como me sentia anteriormente.

Veio o acidente. Minha vida deu uma virada total. Aconteceram coisas inimagináveis. Jamais esperava tantas alterações, mas elas chegaram inevitavelmente. Uma dessas situações mexeu muito comigo, pois esperava um apoio maior de um certo alguém.. Infelizmente não veio.

Não tenho vergonha de admitir, realmente não é fácil superar uma perda, principalmente por eu ter investido e entregado todo o meu ser em favor de uma mulher. Porém, a vida é assim mesmo. Por mais que eu tento, infelizmente ainda estou nessa situação conforme relata essa outra música da mesma Marisa Monte:

Como aprendi olhar para frente, só coloquei um objetivo na minha cabeça. Superarei isso, por mais doloroso que seja para mim. Conseguirei essa meta por todos aqueles e aquelas que gostam e torcem por mim. Essas pessoas merecem presenciar a minha volta por cima.

Pode até demorar, mas a paciência já se tornou minha grande aliada em todas as oportunidades. Então, um dia todos esses questionamentos serão mera lembrança num futuro.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Os comentários pelo Twitter

Ao abrir a minha página no Twitter logo após voltar do trabalho, havia um recado para mim. Uma seguidora havia comentado sobre um conselho publicado por mim nesse próprio blog, naquele espaço "nunca se esqueça". Com base nessa declaração, veio uma óbvia, mas feliz e simpática ideia. A partir de agora, aproveito para valorizar aqueles que me querem bem.

Como ponto de partida, utilizarei justamente os comentários deixados pelos amigos no Twitter sobre esse espaço, criado carinhosamente para revelar um pouco da minha pessoa e os bastidores do meu dia-a-dia. Afinal, esses elementos sempre ficam escondidos atrás da correria em meio às sucessivas pautas.

Quem confere uma reportagem minha, dificilmente sabe como eu a consegui ou de que forma eu pelejei até obter o resultado esperado ou ainda os fatos inusitados ocorridos até chegar ao produto final. Se houve elogios, é resultado de ter feito algo com o coração e prazer. Esses ingredientes só trazem como consequência um serviço bem feito.

Os comentários a seguir foram feitos nessas conversas diárias pelo Twitter. A escolha por essa ferramenta ocorre porque são elogios não publicados nesse blog e, na minha opinião, valem ser divulgados.

Um deles, por exemplo, é a repórter do Mogi News Jamile Santana. Iniciante nessa caminhada chamada jornalismo, ela postou, ao ler algumas histórias referentes à minha passagem nesse matutino como editor: "Nossa! muito legal seu blog. Uma aula de jornalismo e história sobre o Mogi News".

Dias mais tarde, ela comentou pelo Twitter a primeira das minhas histórias publicadas aqui sobre minha viagem a Brasília: "Gostei do texto. Aconteceu isso uma vez comigo. Eu não aguento ver alguem chorando. Me seguro ate quando dá, e depois pergunto". Quem não leu e estiver curioso de saber do que se trata, basta ver http://eric-fujita.blogspot.com/2009/09/na-capital-do-poder.html.

E, por conta do que costumo colocar por aqui, a Jamile ainda foi enfática: "Muito bom. Eu sempre dou uma espiada no blog. Deu até vontade de escrever". Fico contente por estimular as pessoas a isso.

Mas também comentaram pelo Twitter jornalistas bastante experientes, como Mel Tominaga. Com passagens no jornal e antiga rádio Diário de Mogi, como assessora de imprensa na Assembleia Legislativa e secretária de Comunicação Social da Prefeitura de Mogi das Cruzes, ela deixou na minha página: "Adorei o seu blog. A sensibilidade e leveza dos seus textos retratam, de verdade, a pessoa meiga que é. Beijos!" Confesso que fiquei bastante emocionado.

E os comentários vêm até do Palácio dos Bandeirantes. Assessora de imprensa do Governo do Estado, Carol Prado deixou esse recado no Twitter: "Peguei do seu blog, sou sua leitora! 'Nunca se esqueça: de agradecer quem te ajuda; de valorizar aqueles que te querem bem'". Agora, todos sabem o que me motivou a publicar esses elogios.

Não tinha como deixar isso em branco, afinal tudo originou de um conselho dado aqui mesmo. Por esse motivo, quero agradecer de coração essas observações deixadas sobre o blog. E aproveito também para deixar o meu muito obrigado junto àqueles que comentaram os textos nesse próprio espaço, criado com tanto carinho para revelar minhas expressões. Alguns disseram que isso é uma forma de me expor demais. Para mim, trata-se de uma maneira de mostrar sinceridade nas minhas ações e condutas. Assim, continuarei aqui por muito tempo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Na Capital do Poder - Parte 4

Como um simples turista

Já era o último dia de congresso na Capital do Poder. Apesar de ter dormido pouco por ter me perdido em mais uma noite na balada, acordei cedo na segunda-feira como forma de me preparar para as últimas palestras. Afinal, também precisava aprontar as malas e voltar a São Paulo após o término do evento, que me trouxe mais conhecimentos tanto econômicos quanto na área de venda de veículos. Mesmo com a agenda apertada, as primeiras horas do dia me renderam mais tempo para aproveitar um pouco a cidade. O jeito foi dar aquela escapada e me transformar por um breve período num turista de Brasília.

De posse com a recém adquirida máquina digital, fui conferir alguns pontos turísticos da capital federal. Como disse antes, os locais são distantes dos outros. Dá a verdadeira impressão de que o trajeto é muito longo. Também virou mais uma tentativa de entender a divisão dos endereços do local. A oportunidade foi em vão porque ainda me sentia confuso. Tudo bem, nesse caso o motorista da van nos levou aos locais mais visitados do município.


O primeiro local visitado foi o Memorial JK. Construído no ponto mais alto de Brasília, o prédio chama a atenção por sua imponência e, principalmente, pelo monumento com a estátua do presidente responsável pela construção da nossa capital federal. Dá a impressão de que ele abençoa toda a cidade. É impressionante. Pena encontrar o local fechado porque não fica aberto às segundas-feiras.

Além disso, há duas estátuas menores do casal Juscelino e Sarah Kubitschek. Então, o jeito foi posar para a primeira imagem. Em vez de sentado ao lado deles, preferi ser mais ousado e interromper o que parecia uma conversa íntima deles:




O segundo ponto que passei foi a Catedral Metropolitana de Brasília. Havia visitado na noite anterior, mas tinha a vontade de vê-la no dia. De fato, é uma igreja completamente diferente do que tinha visto na vida. Só lamentei o fato dela estar em reformas, então não pude fazer fotos tão legais. Mas consegui registrar os vitrais desse espaço:


Em seguida, continuei na via conhecida como Eixo Monumental. A grande avenida é responsável por dividir a cidade em duas regiões, a Asa Norte e Asa Sul. No caminho, vi a Esplanada dos Ministérios e cheguei ao prédio onde mais queria ver: o Congresso Nacional. A curiosidade era tanta porque sempre ouço sobre os fatos e as votações lá realizadas entre deputados e senadores.

Além disso, o grande prédio sempre se torna pano de fundo dos repórteres de TV. Não resisti e pedi para uma pessoa tirar uma fotografia minha lá na frente. Apareço distante, mas o importante mesmo é o grandioso prédio:



Depois, fui à Praça dos Três Poderes e no Palácio do Planalto, que também estava em reformas. Desta forma, pedi para o motorista da van seguir até a residência oficial do presidente Lula. Fiz minha última parada no Palácio da Alvorada. O imóvel é simplesmente lindo e tem um vasto gramado em frente dele. Não há grandes muros e fica muito fácil de vê-lo.
Por outro lado, a segurança do local é muito rígida. Se eu tentasse correr no jardim da casa, com certeza seria alvejado por um tiro primeiro para depois me perguntarem o motivo daquela ação. Com isso, resolvi pedir para alguém tirar a foto lá na frente:


Depois desse clique, percebi que o tempo havia passado muito rapidamente e precisava me dirigir ao congresso porque começariam as últimas palestras com autoridades importantes da economia. Solicitei para retornar ao local do evento. Foi sacrificante dormir pouco para acordar cedo. Pelo menos, tive algumas horas de turista normal. Afinal, a rotina de um jornalista nunca é convencional.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

De professora a xerife da Vigilância

Por influência da repórter do Mogi News, Jamile Santana, com quem costumo conversar via Twitter, fui conferir a entrevista de domingo feita por ela para a edição do último fim de semana. Ao ler o texto, a personagem chamou bastante a minha atenção não apenas pela auteridade e boa reputação na hora de comandar a Vigilância Sanitária estadual no Alto Tietê. Na verdade, o rigor da xerife da Lei Antifumo nessa região, Lana Cristina Spaolonzi Daibs, vem de muito antes dela ter assumido a direção do órgão, há mais de treze anos. Farei uma confissão. Conheci essa autoridade toda nos tempos em que ela era professora de História.

Isso mesmo, pode acreditar. Eu fui aluno da então professora Lana na quinta e na sexta série do antigo primeiro grau (atual ensino fundamental) na escola Justiniano, em Suzano. Os anos eram, respectivamente, 1987 e 1988. Daqueles tempos, me recordo da postura muito séria e rígida para manter os alunos comportados. Era uma das únicas docentes que conseguia isso em meio a uma sala de aula da rede estadual de ensino com mais de 40 alunos.

A tamanha seriedade deixava os estudantes com bastante medo. Muitos sequer jamais arriscavam a desviar a atenção. Porém, a então professora Lana não era tão inacessível como parecia. Ao passar essa postura séria, os alunos pensavam "nossa, ela não é de brincadeira". Por outro lado, conversava com os alunos mais audaciosos quando o assunto era, logicamente, a História do Brasil.

Já na sexta série, estabeleci um contato maior com a docente. Em uma dessas passagens, eu disse que havia esquecido os livros da aula, então me retiraria da classe. O motivo dessa conduta foi o fato dela ter alertado que o estudante não acompanharia a aula se deixasse os livros em casa. A reação dela foi de surpresa e, desta forma, respondeu: "você é um cara de pau mesmo, hein Eric. Tudo bem, pode ficar". Talvez, a professora tenha se rendido à mesma sinceridade inserida na sua personalidade, estampada por mim durante a aula.

O tempo passou e dez anos mais tarde eu encontrei novamente a ex-professora já no cargo de diretora da Vigilância Sanitária. Nesse período, já dava os primeiros passos no jornalismo da região, sempre conciliados com a faculdade. Ao final de uma entrevista, revelei à autoridade que havia sido seu aluno na escola. O espanto tomou conta dela. Essa ação teve o objetivo de quebrar um pouco o gelo, pois ela estava muito desconfiada com o conteúdo que sairia no dia seguinte. Pois bem, a minha meta foi alcançada já que ficou mais descontraída.

Em outras entrevistas, Lana sempre perguntava o que iria publicar e pedia sempre para tomar cuidado. Imediatamente, rebatia: "se a senhora reclamar de mim aos meus chefes, vou contar para todos que a senhora foi minha professora". Assim, os risos eram inevitáveis.

Desta forma, contei essa história apenas para mostrar como a autora da entrevista conseguiu refletir com exatidão a personalidade dessa diretora que sempre se destacou pela seriedade e austeridade na conduta dela à frente da Vigilância Sanitária. Parabéns pela reportagem. Além de falar de um assunto tão atual, como a Lei Antifumo, me fez retornar um pouco aos meus tempos de escola.

Vale a pena conferir. Quem quiser ler a entrevista, é só acessar http://www.moginews.com.br/materia.aspx?id=42943.

domingo, 20 de setembro de 2009

Na Capital do Poder - Parte 3

Uma badalada noite

Se eu já me sentia completamente perdido na Capital do Poder devido à forma diferente de dividir os imóveis em endereços, o jeito então foi utilizar essa sensação em meu favor. Na verdade, serviu para incentivar ainda mais a minha vontade de conhecer um pouco da noite de Brasília. Afinal, era a minha primeira visita a essa cidade e não poderia deixar passar essa oportunidade em branco.

Por esse motivo, resolvi me perder de vez na balada brasiliense. Após os compromissos e eventos da programação do congresso na qual participei, vinha aquele dilema. Eu saio ou fico no hotel? Mas a vontade de conhecer a badalação da capital federal falou mais alto. Eu até perguntei se alguns colegas do grupo queriam ir junto. Como todos responderam de forma negativa, o jeito foi me aventurar sozinho.

Assim, conversei com alguns funcionários do hotel para buscar algumas dicas de algum lugar legal para ir. Eles me apontaram um local chamado Bocanegra, um bar e danceteria situado na Asa Sul de Brasília (será que aprendi?). Para me deslocar até o lugar escolhido, nada como acionar um táxi. Ainda vestido de terno e gravata por causa da programação social do evento, levei dez minutos para chegar ao destino e me perder de vez na noite.

Ao parar na frente, percebi que a escolha foi certeira. A danceteria estava com muita gente. Ou seja, estava muito propício para entrar e curtir o local. Não demorei muito e fiz isso imediatamente. A pista estava lotada e bem do jeito que os baladeiros gostam. Desta forma, dei uma rápida volta nesse ambiente agitado.

Uma coisa me chamou a atenção ao fazer essa observação no Bocanegra. Havia uma mesa com muitas mulheres juntas. Fiquei surpreso, pois eram pelo menos dez delas ao redor das cadeiras e poltronas. Como estava absolutamente sozinho, decidi perguntar a um dos garçons o que acontecia nesse espaço. A resposta me deixou ainda mais animado.

Com as informações necessárias, cheguei mais perto daquela roda de mulheres. Continuei a observá-las. Em meio a essa situação, tirei uma conclusão bastante importante. Como estabelecer um contato com aquele interessante grupo? Queria fazer novas amizades na Capital do Poder como forma de dizer que conheci pessoas de Brasília, depois de voltar a São Paulo.

Se eu falasse "oi, tudo bem, como vocês estão?", todas elas me achariam um idiota , ou se dissesse "vêm sempre aqui?", pensariam que sou um homem sem criatividade. Minhas opções começaram a ficar cada vez mais escassas. Então, veio a feliz ideia em minha mente. Usarei a minha recém-adquirida máquina fotográfica digital guardada dentro do meu bolso para alcançar o meu objetivo.

Com o equipamento na mão, eu me aproximei sem perguntar e comecei a tirar as primeiras fotos daquelas vistosas mulheres. Uma delas ficou muito surpresa e até comentou com a amiga que eu fazia as imagens. Logo depois, percebi que as fotografias ficaram muito ruins porque não acertava foco, nem nada. Por outro lado, consegui a minha meta inicial. Uma das componentes daquele grupo veio me perguntar porque havia feito aquilo.

Respondi que cometi aquela iniciativa para registrar os meus melhores momentos em Brasília. Com essa frase, iniciei os meus primeiros contatos com aquela roda de mulheres. Conversei com uma delas por algum tempo e ela me perguntou de onde era e o que fazia na capital federal. Contei a verdade, somente os fatos verídicos. Como não sei mentir, justifiquei a minha visita e também porque queria conhecer os pontos badalados da cidade. Além de bonita, a loira com quem tive o diálogo também tinha um papo bastante agradável.

Por outro lado, essa mesma moça me apresentou uma das amigas do grupo. Uma morena bem bonita e receptiva. A mesma se incorporou à nossa conversa. Porém, ambas fizeram um pedido especial: não divulgar ou mostrar as fotos que fiz para outras pessoas. O motivo era puro e simples. Aquela reunião de tantas mulheres tratava-se de uma despedida de solteira de uma delas. Bom, como prometi preservar a noiva, apaguei mais tarde as imagens da máquina.

Em seguida, uma outra componente da roda passou a puxar conversa comigo. Essa mulher era um pouco mais velha das demais. O papo também foi interessante. Revelou ser visitante de Brasília e que tinha viajado do Rio de Janeiro para participar deste encontro de despedida.

Em meio à troca de palavras, essa moça fez uma importante revelação: ela era mãe da loira responsável por fazer o primeiro contato do grupo comigo. Fiquei pasmo, mas mantive a descrição. Aí, não tive como escapar daqueles tradionais clichês para contornar aquele fato inusitado: "nossa, você está muito bem para quem tem uma filha adulta". Talvez, era o que ela queria ouvir mesmo.

Ao final, aquele estonteante grupo de mulheres foi embora. Já passava das 4h30 de domingo. Me despedi de quase todas as componentes e fiquei por mais um tempo no Bocanegra. Deu tempo até de presenciar um rapaz bêbado que decidiu urinar dentro de um copo em plena pista de dança. Coisa deprimente e ainda bem que os seguranças viram e o expulsaram do estabelecimento.

Além disso, ainda conheci um outro grupo de amigos e amigas no local. Uma delas era uma bonita e morena estudante de Direito da UnB de 19 anos. Bem que ela poderia me dar uma chance de fazê-la feliz por uma noite, mas infelizmente não foi possível devido ao horário e a minha necessidade de ir embora.

Com a finalidade alcançada, o jeito foi utilizar um outro táxi e retornar para o hotel. Precisava dormir um pouco para descansar e me preparar para a programação do congresso prevista para o domingo. Era nesta data que ocorreria a palestra com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Sempre é bom acompanhar o que ele fala, principalmente por ser um repórter de economia. Voltei com o sorriso estampado no rosto porque a decisão de me perder na noite de Brasília foi acertada.

sábado, 19 de setembro de 2009

Conjugar o verbo

Diariamente, conjugamos os verbos quando falamos, escrevemos e pensamos. Viu só? Então, resolvi brincar com essa prática tão comum na nossa linguagem, afinal como ensinou a saudosa professora Kazuko, de português, trata-se da palavra que indica ser, estado e fenômenos naturais.

Viu só como eu me lembro desde essa aula há mais de 20 anos? Assim, contarei a minha breve história com os tempos verbais. Esse exercício que parece uma brincadeira um tanto boba se transformou numa poesia. Aceito elogios, críticas e comentários:

Conjugar o verbo

Antes, só amava a mim mesmo,
mas infelizmente amei alguém que não merecia.
Conheci o abandono enquanto eu a amara.
Mas aprendi e agora amo mais a minha vida.
E um dia amarei quem de fato me desejar.
Nunca imaginei que um dia amaria outra mulher.

Que eu ame alguém especial.
Se amasse quem me decepcionou,
nunca pensaria de novo quando eu amar.

Ame quem te valorize
Não ame a pessoa que te traz dor,
para amar novamente.

Se um dia eu estiver amando,
Com certeza me sentirei amado.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Na Capital do Poder - Parte 2

Perdido em Brasília

Como havia falado antes, estive no último final de semana na Capital do Poder. A visita a Brasília ocorreu para participar de um congresso organizado pela federação que reúne as concessionárias de veículos do país. O evento tinha palestras importantes, dentro do setor na qual acompanho como repórter de economia. Havia debates sobre vendas de carros e outras comandadas por verdadeiras autoridades na área econômica. Um prato cheio para adquirir novos conhecimentos, tanto pessoais quanto para aplicar no meu dia-a-dia.

Além de toda essa excelente programação, a percepção foi de que a capital federal realmente foi muito bem planejada, sob os olhos de quem visitou o local pela primeira vez. Também, com as assinaturas de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, só poderia chegar a essa brilhante conclusão. As avenidas eram vastas e muito largas. E não me lembro de ter visto sequer um semáforo para organizar ou complicar o trânsito. Fora os diferentes e monumentais prédios existentes, como o do Congresso Nacional, a Catedral Metropolitana, a Esplanada dos Ministérios, entre outros.

Apesar desses pontos positivos, algo me intrigou muito durante minha permanência em Brasília. Sempre quando saía do hotel onde fiquei hospedado ou do Centro de Convenções Ulisses Guimarães - onde ocorria o evento -, a sensação era de que estava completamente perdida. Isso mesmo, aquela mesma condição de uma agulha no palheiro. Quanto mais tentava entender a forma de localizar os endereços brasilienses, menos conseguia chegar a um raciocínio lógico.

A explicação é simples para a situação. O esquema de encontrar um determinado prédio na cidade é completamente diferente do que a maioria da população brasileira está acostumada. Em vez dos tradicionais nomes de logradouros dos municípios convencionais, como São Paulo, Rio e até Curitiba, as residências, lojas e hotéis, entre outros ramos estão reunidos em setores. Ou seja, o comércio, por exemplo, fica concentrado somente numa região comercial, dentro de um bloco numerado. E isso vale para os demais segmentos.

Desta forma, teremos como referência uma combinação de letras e números no lugar do endereço. Agora, utilizarei o meu exemplo próprio. O bar onde queria ir ficava no CLS 403 Bloco D, loja 20. Alguém entendeu?

Tentarei detalhar. O estabelecimento onde pretendia chegar se localiza na região denominada Comércio Local Sul, dentro de uma espécie de quarteirão de número 403. E essa pequena área é dividida em blocos A, B, C e assim por diante. Depois, é só ver o número do local.

Além disso, a Capital do Poder é dividida por uma grande avenida chamada Eixo Monumental. A via corta toda a cidade e fica bem no meio de Brasília. Assim, de um lado fica a chamada asa sul e de outra a asa norte. Então, o bar ficava na parte sul. Difícil de compreender, não é mesmo.

Por todos esses motivos, eu me sentia completamente perdido. Quanto mais tentava entender, menos eu conseguia. Só passei a saber melhor sobre esse esquema quando peguei o mapa existente na lista telefônica do quarto no hotel. Nele, mostrava todos os passos como era essa separação. Pelo menos me ajudou bastante.

Então, eu até tentava prestar atenção quando andava de van ou de táxi em Brasília. Mas me perdia completamente a ponto de achar que não tinha mais capacidade de aprender nada. Tudo bem, só comecei a me perdoar quando vi muitos do grupo de jornalistas que estava junto tão confusos. Aí, cheguei a uma conclusão. Se fosse assim, iria me perder de vez nas baladas da Capital do Poder durante a noite. Mas essa é uma outra história que contarei mais tarde. A experiência de tudo isso valeu para absorver mais conhecimentos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Chegamos ao sétimo mês

Como a vida está corrida. Essa viagem a serviço me tirou aquele tradicional tempo usado para visitar uma pequena pessoa. Apesar disso, eu não me esqueci dessa data tão especial. Por esse motivo, decidi interromper as minhas histórias sobre Brasília por um nobre motivo. Não podia deixar em branco esse dia em que a Rafaela completa sete meses. Posso estar longe fisicamente, mas a pequena bebê está bem perto desse pequeno e maltratado coração do tio coruja aqui.

Afinal de contas a minha rotina se transformou totalmente desde a sua chegada. Uma das coisas que ela conseguiu foi trazer de volta um espírito de me preocupar mais com a família. Além disso, faz um adulto mais sério do mundo virar um verdadeiro bobo, que busca o objetivo único de fazer brincadeiras e arrancar um simples sorriso da bebê. Crianças são sinceras.

Devido a presença da pequena criança, costumo sempre levá-la para passear na rua durante meus momentos de folga. A Rafaela adora dar uma volta a ponto de ficar cansada e dormir no meu colo. Fico feliz, pois consigo a missão de fazê-la descansar. Será que tenho jeito com crianças?

O jeito para lembrar desse momento tão especial é renovar as imagens dela. As fotos foram feitas logo após a Rafaela ter voltado das compras. Imagine só, tão pequena e, desde cedo, já vai gastar dinheiro com a moda junto com a atenciosa mãe.

Assim, o registro a seguir mostra esse momento. Olha só a felicidade da pequena bebê com as novas roupas. E com direito a um chapéu novo.



Depois, ela caiu na real ao ver que era fotografada:



A ansiedade era tanta que ela queria abrir todos os pacotes:



Ao final, fez até uma pose de modelo:



Agora, eu pergunto a todos. Tem como não ficar todo atencioso com essa fofura? Minha resposta é algo um tanto parcial. Só de saber que a Rafaela fez o maior sucesso com o grupo de jornalistas em Brasília, é um enorme orgulho. Enquanto isso, faço a contagem regressiva até o aniversário de um ano.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Na Capital do Poder - Parte 1

A volta para casa

Fazia muito tempo que não passava por aqui. Na verdade, estava um tanto atarefado por ter viajado a Brasília. Uma mescla de passeio, serviço e busca de conhecimentos num congresso onde pude acompanhar palestras com grandes autoridades do ramo automotivo e da economia brasileira, com direito a assistir a uma apresentação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Minha ideia inicial era contar algumas histórias cronologicamente, mas farei de forma contrária porque um fato me chamou a atenção durante meu voo de volta a São Paulo.

Ou seja, relatarei de trás para frente porque o último acontecimento foi o que mais marcou minha memória. Ao embarcar no avião, fui logo em busca da numeração da minha poltrona. Encontrei imediatamente o meu lugar anotado. Ao avistar minha cadeira, também vi uma jovem moça sentada ao lado de onde iria me acomodar. Uma bonita mulher, com pele clara e longos cabelos morenos. Assim, ela iria me acompanhar ao longo de todo o caminho de retorno à capital paulista.

Até aí tudo bem, mas imediatamente notei uma fisionomia tensa e carregada de nervosismo. Por enquanto, nada demais, afinal não a conhecia e muito menos queria saber os problemas dela. Momentos antes da decolagem, a mesma moça recebeu um telefonema no seu celular. Neste momento, percebi que não havia desligado o meu aparelho. Ao tentar fazer isso, ela me pediu gentilmente para não desativá-lo e anotar um número. Fiz isso e depois passei a combinação.

Desta forma, recebi o esperado agradecimento dela. Em seguida, a jovem fez outro telefonema. O conteúdo da conversa também era tenso, mas não fiz a menor questão de prestar atenção. Cada um com seus problemas, não é mesmo? Logo em seguida, ela desligou seu celular porque o avião iria decolar rumo a São Paulo. Mesmo assim, a fisionomia dela permaneceu com um certo ar de sofrimento.

A partir de então, essa situação toda começou a despertar o meu interesse. Não nela, mas queria saber o que acontecia. Quando a aeronave deixou o solo, notei um certo aumento de sua aflição. A jovem se mexia muito, balançava a cabeça de um lado para o outro e procurava uma melhor acomodação em demasia. Não tinha como eu não ficar curioso, porém mantive a compostura e a descrição na minha poltrona.

Até admiti que tudo iria passar. Talvez seria uma agitação por medo de avião ou coisa parecida. Mas isso não ocorreu. Tudo piorou depois do comandante ter informado que a aeronave atrasaria a chegada a São Paulo. A partir daí, foi inevitável. A bonita morena começou a chorar demais, mas sem fazer escândalo. A cada segundo, o nervosismo crescia no seu corpo. Até aventei a possibilidade dela passar mal por conta desse clima tenso instalado nela.

Devido a uma grande preocupação, deixei de fingir uma certa indiferença. Não tinha como ignorar aquele momento. Então, preferi evitar o pior e, por um pouco de humanidade, perguntei se tinha acontecido algo. A resposta foi positiva. Logo em seguida, ela descartou que o motivo era medo de avião ou coisa parecida.

Então, pedi desculpas por me intrometer na situação e expliquei os motivos da minha abordagem. Contei que havia percebido um alto grau de nervosismo nela durante a viagem e estava com medo da possibilidade dela passar mal. Com isso, a jovem me detalhou o porquê da sua agitação. Revelou que a sua avó estava internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Em razão desse problema, a moça precisou viajar com urgência. No decorrer da conversa, também falou sobre a necessidade de transferência imediata da sua avó, de UTI aérea, para a capital paulista. O nervosismo era gerado pela ansiedade de saber sobre o estado de saúde de sua ente querida. No avião, ela não conseguia notícias porque precisou desligar o celular.

No decorrer do diálogo, a jovem explicou que precisou se deslocar rapidamente porque sua mãe havia acompanhado o transporte da avó até o hospital paulistano. Para dar o apoio à família, enfrentou uma série de conexões nos aeroportos para chegar rapidamente a São Paulo. A moça vive no Mato Grosso, mas não mencionou a cidade onde vivia.

Mas também eu nem perguntei porque preferi deixá-la a vontade para falar o que queria. Exagerei tanto nisso, pois eu nem mesmo sei o nome dela. Ela detalhou que a avó havia passado por um transplante de rim e o mau súbito ocorreu devido a complicações. Apenas pedi para ela se acalmar como forma de não passar mal. Por outro lado, a minha abordagem e a conversa alcançaram o objetivo. O breve bate papo serviu para desabafar. Foi como se tivesse descarregado um enorme peso das costas.

O jeito foi desejar que tudo daria certo. Como resposta, ela agradeceu e sorriu pela primeira vez desde o início da viagem. Foi uma recompensa, pois a fisionomia não era mais de tanto sofrimento por um breve momento. Em seguida, o comandante anunciou o início do pouso no Aeroporto de Congonhas. Todos se prepararam para a manobra. A conversa se encerrou desde então.

Ao abrir as portas da aeronave, a jovem matogrossense deixou as dependências rapidamente em busca das notícias da sua avó. Assim, eu a perdi de vista de vez. Com toda essa história, deu vontade de ligar para minha avó. E fiz isso talvez por ter batido um peso na minha consciência. No mesmo dia, ela havia me telefonado atrás de notícias minhas, mas fui obrigado a interromper a ligação porque estava no meio de uma entrevista ainda em Brasília.

Pode parecer demagogia, mas nesse caso não houve aquele interesse natural de um homem numa mulher. Só tinha e ainda tenho a vontade de saber informações sobre o estado de saúde da avó da jovem moça do voo de volta para casa. Dificilmente, conseguirei isso. Porém, o importante de tudo foi ter feito uma boa ação para alguém que realmente necessitava. Tomara que seja lembrado por isso.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Adeus cabelos

Depois de passar por um período igual a um playmobil (visual de capacete) durante a minha fase de recuperação e mais tarde deixar as madeixas mais compridas em relação ao de costume para mudar um pouco, tomei uma decisão bastante importante. Resolvi voltar à maneira mais prática e fácil de lidar com o penteado. Na verdade, nem existe mais isso. Afinal de contas, mandei passar radicalmente a tesoura com apenas um único objetivo: adeus cabelos.

Isso mesmo, sobrou muito pouco do que tinha antes. Não chegou a tanto porque não aquela tradicional máquina de cortar não foi usada. Por outro lado, existe agora o suficiente para cobrir o couro cabeludo e dizer que não estou completamente careca. Mas agora não tenho mais como fazer topetes, ou pentear para o lado, ou ainda deixar completamente desleixado. Os fios completamente curtos ficam apenas em uma só posição.

No entanto, essa decisão tão radical tem os motivos completamente favoráveis. Imagine só. Eu posso dormir mais tempo sem preocupar em pentear os cabelos para sair de casa. Basta apenas passar as mãos e os dedos para arrumá-los e ir embora. Muito rápido, não é mesmo. Os meus pentes estão novamente aposentados por algum tempo.

Ainda há uma coisa melhor. Vou economizar no consumo de xampus. Com os cabelos muito mais curtos, a quantidade necessária para lavá-los será bem inferior ao que usava até a importante decisão. Ou seja, o frasco que durava dois meses, com certeza levará agora o dobro do tempo para acabar. Uma conta simples de matemática (não financeira) mostra um corte de 50% nesses gastos.

Apesar de todos esses argumentos favoráveis, eu devo confessar uma coisa. Eu estranho o meu visual ao olhar no espelho, mesmo já ter rapelado os cabelos. Vai demorar um pouco até acostumar com o visual retomado. Tudo bem, não devo me preocupar porque esses fios sempre crescem. Se eu quiser, posso cultivá-los novamente, não é mesmo. Então, o jeito então é aproveitar todos os argumentos acima relatados até cansar.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O grande erro da minha vida

Estou em mais um dia com os mesmos afazeres. Parece tudo normal e dentro da rotina. Com certeza, se encontra nos conformes, afinal fui à academia para fortalecer a perna e depois saí em direção ao jornal, em São Paulo. Eu bem que tento manter o mesmo cotidiano como manda o figurino, mas infelizmente não consigo. Desde quando me levantei da cama, eu me recordo apenas de uma coisa: nessa mesma data, há alguns anos, cometi o maior erro da minha vida.

Isso mesmo. O meu grande equívoco é ter achado que minha procura havia acabado naquela ocasião. Assim, abri todo o meu conteúdo porque achei necessário. Só esperava algo recíproco. No início e por algum tempo, consegui alcançar o meu objetivo. Mas infelizmente ocorreu totalmente o contrário quando eu mais precisei, durante a fase de recuperação do acidente.

Eu expus todos os meus sentimentos jamais revelados. Por outro lado, também trouxe por tabela os defeitos em minha pessoa. São muitos, mas passavam despercebidos porque as virtudes estavam acentuadas demais por pensar que tinha encontrado a felicidade. Na verdade, foi exatamente o inverso.

E todo esse começo foi num dia 3 de setembro de forma muito inusitada. Queria ter esquecido o conteúdo dessa data, mas infelizmente eu ainda não consegui. Por esse motivo, hoje estou muito pensativo e reflexivo em relação a tudo isso. Amargura, rancor ou tristeza? Não tenho a menor vergonha de admitir, mas eu sinto a combinação desses três sentimentos nesse dia. Vai passar.

É muito fácil falar para esquecer toda a história e superar a barreira. Se fosse num estalo, gostaria de não mais me lembrar ou jamais ter passado por muitas coisas para ser mais fácil. Agora, só tenho as recordações que nunca queria e não mais sofrer. Só sei de uma coisa: como fui tão tolo.

Não deveria, mas eu ainda penso nisso. Um motivo é por ser polêmico, como uma amiga disse uma vez. Talvez ela tenha razão, por eu polemizar dentro de mim as minhas ações. Na verdade, eu me cobro por que abri tanto a guarda por quem depois provou que não merecia? Só por isso.

A cobrança é por ter sido sempre muito cuidadoso e desconfiado nesse quesito. Como consegui ser tão cego? Para quem nunca gosta de errar. Uma hora isso vai embora. Pode demorar, porém adquiri mais paciência e serenidade durante os tempos tenebrosos pós-acidente.

Assim, o jeito é olhar para frente. É algo necessário para superar as barreiras. Ou seja, preciso continuar no meu caminho, apesar de ainda carregar um peso em minhas costas que um dia me livrarei. Basta deixar o tempo passar porque trata-se do melhor remédio para curar a ferida aberta. Por outro lado, já há pessoas dispostas a me guiar, em todos os âmbitos.

Para os amigos e parentes, eu prometo: pode durar demais, mas vou honrar toda a preocupação de vocês em relação a mim. Não importa como.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Aqui comigo

Um dia desses, eu assistia ao canal pago TNT. Na verdade, fazia isso para aguardar a chegada da minha amiga Tatiana. Eu iria junto com uma turma de carona numa festa de aniversário organizada no Buxixo Bar, em Mogi das Cruzes. Aquela típica comemoração no meio da balada.

Ao ver um trecho do filme "Simplesmente Amor", passou uma música um tanto interessante. A voz suave da cantora e a letra da canção me chamaram a atenção.

Desta forma, o jeito foi acionar novamente a rede mundial de computadores. Como a gente não vive mais sem a internet. Nessa pesquisa, encontrei o nome da música e também quem é a intérprete.

Não contente, também postarei um clipe dessa canção. Apenas uma parte de "Here with me" é semelhante à minha vida. Por outro lado, muita coisa nela contida está bem longe da minha realidade interior. Mas vale a pena ouvi-la na voz de Dido porque traz muita tranquilidade.