Ao fazer esse telefonema, tive uma feliz surpresa. Na verdade, esse companheiro de batalhas queria fazer uma entrevista. Muito engraçado, pois foi uma inversão dos papéis. De costumeiro entrevistador, virei personagem. A intenção dele era conversar com profissionais dessa área que tinham atuado nesse jornal.
Desta forma, Evaldo me explicou que queria mostrar como foi a trajetória de alguns jornalistas da grande imprensa durante a passagem pelo Diário de Mogi. Respondi as perguntas feitas por esse bom profissional, com vasta carreira na região do Alto Tietê. A ideia da pauta era para comemorar as 15 mil edições desse matutino.
A entrevista foi feita no dia 22 de setembro. A curiosidade foi muito maior, então perguntei quando essa edição comemorativa seria publicada. Imediatamente, Evaldo respondeu que seria no domingo seguinte, 27 de setembro. Então, o jeito foi conferir o jornal desta última data.
O resultado final me surpreendeu. Nunca imaginei que seria desta forma. Assim, a página da reportagem na qual participei ficou desta maneira:
Quando vi a página da forma que foi publicada, a alegria foi muito maior do imaginado. O motivo é um só. Nela, estou no meio de jornalistas importantes e que se destacam dentro da grande imprensa. Sem falsa modéstia, ainda não sei se estou à altura dos demais citados na mesma reportagem. É muita responsabilidade estar num grupo tão seleto como esse.
Minha conclusão é que passei no vestibular para ingressar nessa profissão, conhecido como Diário de Mogi. Esse jornal me ensinou preceitos básicos da profissão quando eu iniciei no ramo. Foi essencial para me sustentar onde estou hoje. Para mim, trata-se de um grande reconhecimento. Interpreto essa situação como um recado de que continuo no caminho certo.
Por isso, me orgulho de ter subido cada degrau dessa escada chamada jornalismo. Uma hora, a gente desce um deles, mas logo subimos duas passadas para progredir. Fiquei muito feliz porque interpreto isso como se fosse uma grande homenagem. Só tenho a agradecer pela lembrança e paciência de ter me ensinado a escrever.
Nesta relação, destacam-se Darwin Valente, Célia Sato e Edson Martins, entre outros profissionais dessa minha passagem, entre 1997 e 2000. Apesar de rígidos no início, consegui ter a percepção de que eles prezavam pela qualidade e se preocupavam em ensinar, de maneira informal e ao pé do ouvido.
Talvez, essa seja a fórmula mais eficaz para se montar uma verdadeira escola de jornalismo. Ainda bem que fui considerado um dos alunos bem sucedidos desta pequena, mas eficiente academia. E agradeço ao Evaldo pela oportunidade. Continue nesse mesmo caminho.
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