Depois do acidente, voltei a morar com os meus pais por causa da recuperação. Com isso, agora faço diariamente o eixo Suzano-Capital para trabalhar no Diário de São Paulo. O caminho é longo, por isso preciso fazer essa viagem da maneira mais rápida possível. Nesse quesito, o melhor meio de transporte é o trem. Não sou simpatizante do PSDB, mas confesso que esse sistema melhorou muito suas condições oferecidas aos passageiros. Mas infelizmente ainda há um grande problema dentro dos vagões: a tamanha falta de educação dos usuários.
Isso mesmo. Esse transtorno não pode ser resolvido pelo governo do estado ou a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que fez pesados investimentos nos últimos anos com aquisição de composições mais modernas e confortáveis, além da reforma dos trens mais antigos. Trata-se de algo bem nítido na linha Luz-Estudantes, em Mogi das Cruzes, uma das mais utilizadas por atender à Zona Leste de São Paulo e cidades vizinhas.
Ainda neste ano, o governador José Serra (PSDB) anunciou a chegada dos trens mais novos até Mogi das Cruzes em alguns horários. Muito pouco para atender à demanda com conforto, mas já o primeiro passo. O fato acontece após dez anos desses trens entrarem em circulação e através de muita luta das autoridades locais e da população. Até então, eles iam somente até Guaianases. Batalha vencida.
Por outro lado, um grande problema permaneceu mesmo com os investimentos. Grande parte dos passageiros ainda não está preparada para usufruir das melhorias implantadas. A grosseria dos usuárias ainda continua contra principalmente o público que merecia um respeito ainda maior: grávidas, idosos e portadores de deficiência.
Muitas dessas pessoas simplesmente ignoram esse perfil de passageiros e sentam nas poltronas destinadas a esse grupo. E o pior de tudo, fingem que esse pessoal não está nos vagões ao sentar nessas cadeiras. Além disso, fingem um cochilo de descanso para não oferecer o lugar. Uma tamanha falta de respeito. Já presenciei muitos senhores e senhoras com idades acima de 60 anos em pé. Quantas vezes, me levantei para eles sentarem no meu banco, mesmo sem ser reservado. Uma falta de educação só.
E a situação se agrava quando muitos desses passageiros viram verdadeiros animais na hora de entrar nos vagões, na troca de trens na estação Guaianases. Empurram os demais, não importa se são pessoas jovens ou idosas ou ainda com crianças no colo. Numa oportunidade, ajudei uma senhora se equilibrar depois de tomar uma cotovelada de um imbecil. Tudo isso para um esforço inútil de conseguir uma poltrona livre na frente dos demais.
Por essas e outras, chego à conclusão de que a falta de educação domina na linha Luz-Estudantes da CPTM. E vou mais além. Essa situação está muito longe de acabar porque conscientizar o povo nessas alturas do campeonato é uma missão impossível. Assim, o jeito é encarar essa situação todos os dias.
domingo, 26 de julho de 2009
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