Essa sexta-feira passada foi uma verdadeira história para contar. Na verdade, alguns fatos me obrigaram a fazer um grande roteiro de visitas em pleno centro de São Paulo no final da noite. A programação foi tão grande que precisei utilizar toda a madrugada de sábado. Afinal, queria aproveitar mesmo com um plantão de final de semana à frente para enfrentar. Tudo bem, pois a trajetória toda em meio a esse grande período de curtição não é um poema com atos heróicos ou grandiosos. Mas se transformou numa verdadeira epopéia paulistana.
Tudo começou quando eu e um amigo decidimos ir à balada organizada todas as sextas no antigo Hotel Cambridge. O local se tornou um verdadeiro ponto para os notívagos da capital. Chegamos ao local. Decidimos entrar para curtir essa balada. Porém, ao adentrar no salão, veio uma grande surpresa. Ao contrário de 15 dias atrás, o lugar estava muito vazio. Então, o jeito foi ir embora atrás de uma outra festa mais agitada.
Desta forma, ele recomendou um evento organizado numa antiga casa localizada na rua Frei Caneca. Inicialmente, não curti muito a ideia. Não é preconceito, mas o endereço é conhecido por ter uma grande concentração de homossexuais. Por isso, pensei que essa festa seria GLS. Como sou heterossexual, queria ir a um ambiente onde pudesse ver a movimentação feminina. Imediatamente, ele descartou essa possibilidade: "Tem muita mulher bonita lá". Aí, eu me animei.
O número de personagens dessa epopéia aumentou quando outras duas colegas apareceram para compor o grupo. Desta forma, entramos na festa chamada Lapeju, bem no coração da Frei Caneca. O imóvel antigo era pequeno, mas estava lotado de pessoas. A música era muito boa e para todos os gostos. E o público também, nota 10.
Curtimos bastante, além do preço da bebida ser bem barata para os padrões paulistanos. No momento em que a festa rolava forte, a mesma foi imediatamente interrompida pelos organizadores. Não entendi nada. Muito menos quem estava no local. Com o espírito de jornalista embutido, resolvi ir atrás dos fatos. Descobri que os fiscais da Prefeitura de São Paulo haviam fechado o lugar.
O motivo dessa iniciativa é a tão conhecida lei do Psiu. Com base nela, os fiscais monitoram o ruído dos estabelecimentos após a 1 hora com base nas denúncias de moradores. Quando o barulho ultrapassa o nível permitido, eles aplicam multas e até fazem interdições. Nesse caso, o problema aconteceu devido aos frequentadores falarem muito alto porque saíam para fumar. Esse procedimento se tornou comum com a entrada em vigor da lei antifumo.
Com o fim da festa, o grupo foi obrigado a ir embora atrás de uma nova festa. Assim, percorremos a pé a rua Augusta, onde há uma grande concentração de baladas alternativas e de prostíbulos. Como havia mulheres entre nós parte dessas baladas foi descartada. Onde entrar? Então, escolhemos a danceteria Vegas, bastante conhecida em São Paulo. Isso era entre 4h30 e 5 horas. Nossa Senhora!
Desta forma, ficamos por mais de duas horas nessa última curtição. O lugar é bem legal, afinal eu tinha curiosidade de conhecer essa danceteria há muito tempo. Precisava ser sem planejamento mesmo. O grande problema nessa ocasião era o horário. Nós quatro tínhamos ultrapassado a barreira das 6 horas. Eu precisava descansar porque precisava entrar às 10 horas no plantão do jornal.
O jeito foi embora para dormir um pouco. Antes disso, parei para comer no bar Estadão junto com uma das amigas do grupo. É aquela tradicional larica do fim de balada. Consegui me alimentar para passar um pouco o efeito do álcool. Não estava bêbado, mas tinha um plantão pela frente. Foi o encerramento dessa grande epopéia paulistana. Depois disso, fui dormir apenas duas horas de sono. Acordei bem cansado, mas feliz porque a noite foi muito além do planejado. Se tivesse feito isso, com certeza não teria mais essa história para contar.
sábado, 15 de agosto de 2009
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