sábado, 30 de abril de 2011

Tudo que acontece nos embalos

Mais uma vez, saí de casa rumo aos embalos da noite. Como sempre, o objetivo era buscar diversão e, ao mesmo tempo, distrair a minha cabeça. Conhecer alguém especial? Agora, a resposta é não, pois acho que consegui alcançar essa meta muito antes dessa ocasião, mas só queria atenuar um pouco o pensamento de uma certa distância.

Ao observar as situações no local onde fui, decidi registrar certos momentos peculiares, que presenciei durante mais essa incursão. Registrei tudo no smartphone. As situações não poderiam ser diferentes:

- uma das meninas chega em um rapaz para conversar;

- um rapaz tenta um beijo com uma conversa vazia;

- uma morena clara chama a atenção com seu lindo vestido azul;

- um jovem puxa a moça pela cintura para arrancar um beijo a força;

- a banda toca as melhores músicas e arranca aplausos do público;

- um adolescente é socorrido pelos amigos por beber demais;

- uma loira se insinua para um rapaz de presença;

- uma conversa vazia e completamente sem qualquer conteúdo em busca de um beijo;

- a música cativava a minha atenção porque gosto de rock;

- todos os garçons cumprimentavam e prestavam um ótimo atendimento.

Com todos os exemplos acima, cheguei a uma conclusão. Apesar de gostar muito desse tipo de ambiente, tudo se tornou mesmice porque as situações iguais a essas acontecem sempre. E sempre ocorrerão, daqui a alguns dias, meses, anos e até mesmo décadas. Em vez de distrair, a incursão só serviu para acentuar ainda mais a vontade de estar com alguém que apareceu repentinamente em minha vida.

Claro, sair para se divertir é muito legal, porém não serve mais para quem quer o beijo, a presença e um bom papo com apenas uma pessoa. Enfim, não sirvo mais passar pelas situações relatadas. Por outro lado, guardo os bons amigos que fiz e quero tê-los por perto durante um longo tempo. Me ajudou por um tempo, mas chegou a hora de arriscar, investir em alguém e voltar a ser feliz. Afinal, quero evoluir.

2 comentários:

Adriano Gustavo di Andrade disse...

Eric, o seu retrato em palavras descreveu, exatamente, o que se tornou esse tipo de local, pessoas, proposição etc.
O importante é tentar observar e se colocar de fora, ainda que fazendo parte.
Muito gostoso o seu texto!

Adriano Gustavo di Andrade disse...

Muito gostoso o seu texto!
Seu ponto de observação retrata um estado comum do nosso comportamento sintomático nas relações humanas. Nada tão grave - espero - contudo, sempre bom entender as manobras e depô-las como tão bem você o fez.