domingo, 25 de dezembro de 2011

Mais um conto de Natal

De fato, foram alguns longos meses sem passar por aqui. Definitivamente, foi um bom tempo a ponto de até mesmo perder os poucos seguidores desse espaço. Enfim, tento retomar para recuperar o prestígio deles. E nada melhor do que fazer isso bem nessa data, o Natal. Afinal, a ocasião se torna propícia para fazer certas avaliações, retrospectivas e perspectivas para o próximo ano. Sempre é assim com todos nós.

Como tradição, o Natal traz lembranças nas pessoas, tanto boas quanto ruins. É bem típico da data. Então, como não fazer isso ou inconscientemente ou da maneira consciente e estimulada na mente? Em meio às comemorações, também noto a ausência de parentes próximos que conviveram durante muitos anos na minha vida e, claro, influenciaram na formação e evolução dessa pessoa que vos escreve. Por outro lado, passo a acompanhar a vida de quem chegou à família e cresce nela desde bebê, não é mesmo, Rafaela, a sobrinha do tio aqui.

Além de trazer alegrias para todos nós, fui entender mais tarde o motivo dela ter sido enviada por alguém lá em cima. Mais tarde, a pequena criança seria a melhor maneira para superar as perdas na família. Nesse meio tempo, tios e pai nos deixaram. Claro, eles estão numa condição muito melhor, se comparada aos demais ainda aqui no plano terreno da vida. O fato só provou que tudo tem um objetivo e o tempo me leva a entender a situação bem mais tarde.

Prova disso, foi quando meu pai adoeceu, em meio ao Natal e o Réveillon de 2010/2011. Bem num período em que as pessoas estão mais sensíveis e, digamos, com tendências de ficar mais humanas. Enfim, o jeito foi assumir a responsabilidade total de cuidar e tentar reverter a gravidade do estado de saúde. Meu empenho ocorreu da mesma forma que fiz quando precisava me recuperar de um acidente de trânsito. Infelizmente, não consegui.

Nos primeiros meses, minha sensação era de culpa. Afinal, todo o meu esforço não se reverteu para o esperado. Também não evitou com que uma esposa ficasse sem o marido, um irmão sem o pai e uma neta sem o querido avô. Enfim, absorvia a responsabilidade pela partida. Nunca havia mencionado isso publicamente antes, apenas para algumas pessoas mais próximas. Mas como sempre, o tempo traz as respostas certas.

Com o passar dos meses, consegui descobrir o porquê de tudo isso. Enfrentei sim um momento turbulento. Perdi a oportunidade de voltar aos estudos. Optei por uma alternativa errada de trabalho, pois o prometido não foi cumprido. E passei por apertos financeiros. Mas não desisti. Aos poucos, as coisas voltaram a entrar nos eixos.

Com isso, consegui uma chance na profissão, com direito a recuperar o prazer de trabalhar. Ganhei novos amigos. Os velhos conhecidos reapareceram para me ajudar. E, sobretudo, fui presenteado com alguém muito especial, de fato. Ou seja, chego a mais um Natal com paz de espírito, tranquilo e bastante feliz, com toda certeza do mundo, apesar de tudo ocorrido antes. Certas situações servem para crescermos pessoalmente.

Fora isso, eu também entendi porque meu pai partiu. Pode ser a minha forma de compreender, porém acredito que todas essas coisas boas passaram a fazer parte da minha vida porque ele tenha intercedido diretamente ao Senhor para me enviar tudo isso. E como já achava que Ele vai com a minha cara. Claro, ainda falta muita coisa para mim, mas todos esses acontecimentos são suficientes para levar a vida.

Agora, não carrego mais aquela culpa porque sei que haverá novas intervenções dele junto ao Senhor para arrumar nossa vida aqui. Desta vez acontecerá para os outros parentes que necessitam como eu precisei, sem sombra de dúvida. Só espero ter contribuído para todas essas palavras serem aproveitadas como mais um bom conto de Natal.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Uma despedida em tom de desabafo

Ainda sigo a linha da postagem anterior aqui no meu espaço. Mas ao invés de fazer os tradicionais questionamentos ou coisa parecida sobre a profissão, agora prefiro utilizar um exemplo concreto de algo que representou fielmente a realidade dessa área. Infelizmente, alguns fatos do dia a dia do nosso ramo piora ainda mais quando existe uma guerra de vaidades na TV.

Desta vez, outro fato chamou a atenção. Confesso que soube um tanto atrasado, quase uma semana depois do ocorrido. Porém, a despedida em tom de desabafo da jornalista e apresentadora Keila Lima no último dia à frente do programa Manhã Maior, da Rede TV!, chamou bastante a minha atenção. O conteúdo de suas declarações exemplifica muito a rotina dessa árdua área, os seus percalços e, em muitas vezes, a falta de reconhecimento pelo trabalho bem feito.

Não vou questionar os motivos da saída dela ou mesmo mencionar sobre os bastidores do que acontecia nesse programa até essa despedida. Afinal, deixo isso para os jornalistas de celebridades, variedades e afins. Esses profissionais são muito mais capacitados para isso, se comparados a mim, um simples responsável por combinar várias palavras até transformá-las num texto por aqui.

Enfim, só sei de uma só coisa, independentemente dos comentários e da repercussão em torno do assunto. O desabafo feito pela apresentadora manteve uma elegância, contundência e mandou o recado diretamente para quem a mensagem realmente deveria chegar.

O discurso pode ser aplicado em muitos exemplos referentes ao que os jornalistas em geral enfrentam habitualmente. A situação ocorre em quaisquer tipos de mídia. Definitivamente, mandou bem. Aliás, qual é o profissional do ramo que nunca teve vontade de fazer isso junto a uma chefia ou coisa parecida.Vale a pena conferir essa despedida:





quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Vale a pena se sacrificar pelo jornalismo?

Duas coisas me chamaram a atenção nesta semana, ao ler duas histórias ocorridas em épocas e ocasiões diferentes. Porém, ambas as situações têm muita coisa em comum, pois relatam a violência sofrida por colegas da minha profissão. E ainda vão muito mais além porque mostram, com detalhes chocantes, as sérias consequências na vida pessoal desses grandes profissionais, que deram o suor e até mesmo o sangue no sentido concreto da palavra em meio às agressões físicas ou psicológicas em busca da melhor notícia. Apesar da conduta correta deles no cumprimento do dever, veio um questionamento na minha cabeça. Afinal, vale a pena se sacrificar em favor do bom jornalismo?

Na verdade, a pergunta só se reacendeu em mim quando vi os dois assuntos. Aliás, isso já vem de longa data na minha consciência depois de tomar conhecimento ou até mesmo presenciar muitas situações nas redações por onde passei ao longo desses 17 anos de carreira, iniciada precocemente no final da adolescência, em 1994. Em vários desses casos, o excelente e impecável histórico profissional ou ainda os grandes furos - dar o fato com exclusividade - sequer foram levados em consideração quando alguns superiores exigiram posteriormente demandas às vezes absurdas de jornalistas muito experientes. E, em muitos casos, a competência também não segurou o emprego nos cortes promovidos pelas empresas de comunicação.

Ou seja, as histórias acumuladas pelos bons profissionais não contaram nas decisões por serem esquecidas facilmente em meio às contenções de gastos ou durante as trocas de comando dentro das redações de pequeno, médio e grande portes. A falta de reconhecimento chegou ao ponto da ausência de consideração com quem muitas vezes colocou a busca incessante pela melhor notícia acima da própria vida pessoal, a ponto de custar um preço muito alto. Um exemplo disso é um repórter fotográfico, que foi torturado e humilhado após ser descoberto quando passou a morar na favela para fazer uma reportagem sobre as milícias numa favela do Rio de Janeiro, em 2008.

Passados três anos dessa tortura, o espírito de cumprir fielmente o dever mudou completamente a vida dele. Ele simplesmente perdeu a esposa, o contato com os filhos, não trabalha mais na área e sempre tem pesadelos na hora de dormir. E ainda há consequências piores. O fotógrafo vive escondido para não morrer. O assustador relato foi publicado, em primeira pessoa, na edição de agosto da revista Piauí. Vale a pena ler. Será que ele faria tudo de novo, caso soubesse da possibilidade de ficar sem todas as coisas mais importantes para se viver?

Mais recentemente, um repórter da Rede TV! passou por maus momentos durante a cobertura dos confrontos na Líbia. Nos confrontos, o profissional caiu numa emboscada em Trípoli, capital daquele país. Conviveu no meio do fogo cruzado e entre alguns rebeldes, que chegaram a ser hostis. Por muito pouco, ele não morreu. Escapou ileso fisicamente, no entanto se recorda das cenas horríveis a ponto de ter pesadelos enquanto dormia. Nesse caso, a agressão psicológica foi muito pior, como resultado de buscar o melhor material noticioso, como consta no site Comunique-se. Se recuperar dessas feridas pode demorar mais por estar na realidade interior.

Por outro lado, o questionamento está cada vez acentuado em mim pelo simples motivo de ver muitos outros profissionais com menos história no jornalismo em cargos de comando e com a situação financeira muito melhor. Em diversas ocasiões, eu me deparei com jornalistas sem capacidade para tais funções de controle devido à falta de preparo para o mercado ou mesmo de conteúdo, mas mesmo assim estão lá. Alguns deles chegaram a repassar ou adotar medidas desfavoráveis contra seus subordinados. Em muitos casos, as ordens foram realmente de caso pensado para prejudicar ou a chefia continua à frente, mesmo com um histórico de fracassos em projetos anteriores.

Pode até parecer um tanto de inveja ou frustração devido a todas essas palavras e ao fato de me perguntar diariamente se esse sacrifício vale ou não a pena. Se os fatores citados no parágrafo acima forem requisitos para assumir algum posto estratégico na profissão, então acho que jamais conseguirei por ser criado com princípios que refletem no meu caráter. Posso não ter progredido tanto como queria. Porém, não perdi uma qualidade necessária para se dizer jornalista: a capacidade de me indignar.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A necessidade da paciência

De fato, manter um relacionamento à distância é difícil. Infelizmente, não posso contar com a pessoa sempre por perto em momentos que eu preciso, quando quero tê-la para conversar, ou simplesmente encostar a cabeça no ombro ou apenas vê-la para me acalmar. Claro, isso também deve acontecer do outro lado dessa enorme lacuna física e psicológica. Os dois fatores realmente só agravam a sensação chamada saudade.

Por outro lado, afirmo com todas as letras que valeu e vale a pena ter tomado essa decisão de arriscar e aceitar todos os entraves gerados por mais de 400 quilômetros que nos separam. Desde então, foram muitas alegrias. Percebi que ainda tenho a capacidade de fazer alguém feliz e, ao mesmo tempo, me sentir alegre outra vez. Porém, confesso uma coisa. Bate uma tristeza em certos momentos quando um está longe do outro.

Acredito que essa condição serve para realmente mostrar que é preciso ter muita paciência, certeza e determinação. Apesar dessas adversidades, vou e quero seguir em frente nesse relacionamento, pois tudo é muito bom, consciente e certo. Afinal, minha vida nunca foi fácil. Assim, essa sensação serviu para gerar mais um conjunto de versos.

Parece um tanto triste, mas na verdade trata-se de um incentivo para mostrar o quanto pretendo usar a paciência e o meu aspecto psicológico como forma de continuar com quem eu quero, independentemente das condições desfavoráveis, que vão se tornar favoráveis. Eu prometo. E cumpro minhas promessas:


Preciso trabalhar com o psicológico
Para pensar de um jeito bem lógico.
E manter tudo de forma racional,
porque não quero cair no emocional.

Porém, essa longa e triste distância
É do tamanho de uma ignorância.
De vez em sempre, traz a tristeza.
Que contagia, com toda a certeza.

Por esse motivo, vem uma sensação
Capaz de doer e muito meu coração.
Parece uma dor intensa e sem fim
Cuja vontade é retirá-la de mim.

No entanto, eu escolhi essa condição
de deixar reservado o meu coração.
Assim, preciso de fato ter consciência
de que é necessária muita paciência.

22-08-2011

domingo, 5 de junho de 2011

Uma cerveja mudou a minha vida

Na verdade, não é um papo de bêbado. Pelo contrário, trata-se de algo muito sério, apesar de envolver sobretudo bebida alcoólica. Bom, vamos iniciar do começo (quanta redundância). A história toda passou a ganhar sua trajetória no balcão do bar de uma conhecida casa noturna do Rio de Janeiro, a Rio Scenarium. De posse de uma garrafa na mão, pensava até então em apenas saborear o líquido dentro dela. Mas o destino era muito além do esperado. Jamais imaginei que uma cerveja long neck mudaria completamente minha vida.

Isso mesmo. Aquela pequena garrafa descartável de vidro com cerveja foi suficiente para dar uma reviravolta no meu cotidiano todo. Nunca pensei que o simples fato de ser gentil me possibilitaria de encontrar alguém especial. Afinal, depois de muitos erros e apostas equivocadas, preferi me resguardar sem a menor pressa. Porém, tudo mudou.

As alterações aconteceram em meio a minha visita ao Rio de Janeiro. Só de lembrar, a cidade foi realmente maravilhosa comigo. Ainda mais quando estava naquele balcão no Rio Scenarium. Ao ver uma moça ruiva pedir uma cerveja long neck de tal marca, fiquei com remorso. O garçom avisara para ela que havia acabado. Eu tinha pedido a última unidade segundos antes.

Então, resolvi agir. Imediatamente, cheguei e dei a minha garrafa na mão dela. Inicialmente, ela foi relutante e não queria aceitar, ao alegar que nem me conhecia. Por isso, usei um argumento aparentemente convincente, se poderia ser gentil. Afinal, peguei a última cerveja disponível. Avisei o fato de nem ter consumido parte dela. No final, a tal moça aceitou. Foi o início de uma conversa interessante e muito proveitosa.

E esse contato não parou por aí. Ainda bem. Depois dessa ocasião, me encontrei com a mesma ruiva nos demais dias enquanto estive no Rio de Janeiro. A atração aumentou e a convivência ficava cada vez melhor. Era uma corrida contra o tempo, pois tinha que voltar para São Paulo. A viagem era para descansar a cabeça, após um período difícil da minha vida, como a perda do pai. No entanto, o resultado dessa minha ida ao outro estado foi muito acima das expectativas.

Por outro lado, retornei completamente diferente. A tristeza predominava porque sentia falta dela aqui. Pensava que nunca mais a veria novamente. Todos percebiam que estava alterado. Aí, pintou a ideia de voltar somente para perguntar o que tinha achado de mim. Não pensei duas vezes, fiz isso e não me arrependo mesmo. Cheguei de surpresa e lancei a questão. Descobri quem realmente eu queria e quero repentinamente e quando menos esperava.

Passados quase três meses, percebi que não era apenas um caso momentâneo em plena viagem. Encontrei de fato uma mulher interessante para mim. Ela é simplesmente divertida, sorridente, carinhosa, atenciosa e inteligente. Tudo aquilo necessário numa excelente companhia, que posso chamar de namorada. Ou seja, essa ruiva me conquistou de vez.

O grande problema disso tudo é vencer a distância que nos separa. O desafio será grande, mas vou encarar até vencer mais esse obstáculo. Farei tudo isso porque vale a pena. Ou senão não honrarei aquela cerveja que mudou completamente a minha vida. Logo, estarei perto de vez dessa ruiva que conquistou o meu coração.

sábado, 30 de abril de 2011

Tudo que acontece nos embalos

Mais uma vez, saí de casa rumo aos embalos da noite. Como sempre, o objetivo era buscar diversão e, ao mesmo tempo, distrair a minha cabeça. Conhecer alguém especial? Agora, a resposta é não, pois acho que consegui alcançar essa meta muito antes dessa ocasião, mas só queria atenuar um pouco o pensamento de uma certa distância.

Ao observar as situações no local onde fui, decidi registrar certos momentos peculiares, que presenciei durante mais essa incursão. Registrei tudo no smartphone. As situações não poderiam ser diferentes:

- uma das meninas chega em um rapaz para conversar;

- um rapaz tenta um beijo com uma conversa vazia;

- uma morena clara chama a atenção com seu lindo vestido azul;

- um jovem puxa a moça pela cintura para arrancar um beijo a força;

- a banda toca as melhores músicas e arranca aplausos do público;

- um adolescente é socorrido pelos amigos por beber demais;

- uma loira se insinua para um rapaz de presença;

- uma conversa vazia e completamente sem qualquer conteúdo em busca de um beijo;

- a música cativava a minha atenção porque gosto de rock;

- todos os garçons cumprimentavam e prestavam um ótimo atendimento.

Com todos os exemplos acima, cheguei a uma conclusão. Apesar de gostar muito desse tipo de ambiente, tudo se tornou mesmice porque as situações iguais a essas acontecem sempre. E sempre ocorrerão, daqui a alguns dias, meses, anos e até mesmo décadas. Em vez de distrair, a incursão só serviu para acentuar ainda mais a vontade de estar com alguém que apareceu repentinamente em minha vida.

Claro, sair para se divertir é muito legal, porém não serve mais para quem quer o beijo, a presença e um bom papo com apenas uma pessoa. Enfim, não sirvo mais passar pelas situações relatadas. Por outro lado, guardo os bons amigos que fiz e quero tê-los por perto durante um longo tempo. Me ajudou por um tempo, mas chegou a hora de arriscar, investir em alguém e voltar a ser feliz. Afinal, quero evoluir.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lembranças de uma outra explosão

Soube desta notícia pelo rádio, quando me deslocava em direção a São Paulo para mais um dia de trabalho. O fato me chamou a atenção imediatamente. O aterro sanitário que fica em Itaquaquecetuba e recebe grande parte do lixo coletado na região do Alto Tietê (leste da Grande São Paulo) explodiu de novo, nesta segunda-feira (25-04), talvez devido à grande concentração de gás metano altamente inflamável, gerado com a decomposição dos resíduos. A situação foi muito mais além do que a gravidade dos fatos, pois me fez voltar no tempo, mais precisamente para março de 2000. Naquele ano, acompanhei de perto quando isso aconteceu pela primeira vez, ainda como repórter do jornal Diário de Mogi.

Os detalhes dessa última explosão refletem com exatidão tudo aquilo que apurei, vi e presenciei há mais de 11 anos. Naquela época, a sujeira toda se espalhou para a estrada que passa ao lado do aterro. Nunca tinha visto tanto lixo na minha vida jogado no chão. O cheiro então era insuportável. Mas o sangue frio e a impetuosidade de um jovem repórter incentivavam a continuar no local e conseguir as melhores informações. Dividia a cobertura com jornalistas dos principais veículos de comunicação que lá estavam, sem saber que mais tarde eu trabalharia na grande imprensa.

Naquele ano, eu entrei nessa reportagem ao chegar à redação logo pela manhã, por volta das 9 horas. Era meu retorno após três dias em Gramado (RS) no lançamento de um modelo da Volkswagen daquela época - a Saveiro geração III. Como estava fora do ritmo do dia-a-dia, achei que o assunto não passava de uma simples brincadeira da chefia por causa da minha volta. No entanto, se tratava de uma verdade. Ao perceber isso, a adrenalina subiu e parti em direção ao aterro.

Além do lixo jogado, conversei praticamente com os mesmos envolvidos na atual explosão. Um deles era o atual consultor jurídico do local, Horácio Peralta. Na primeira explosão, ele já tinha se tornado um verdadeiro para raio do problemático espaço. Tentava justificar o inexplicável com os mesmos argumentos usados agora no caso mais recente. Dizia que o lugar não apresentava riscos e tinha condições de receber os resíduos.

Só um fato me chamou a atenção. O próprio Peralta culpar a administração passada do aterro, antes pertencente a um consórcio formado por prefeitos das cinco cidades atendidas, chamado de Cipas. Então, foi uma autocrítica porque ele desempenhava a mesma função em 2000. Os representantes das prefeituras atendidas pelo espaço determinavam esse mesmo consultor como porta-voz para entrevistas. Em 2011, o local se chama Pajoan e é administrado por dois empresários da região, que também gerenciavam tudo na primeira explosão.

Até mesmo a punição pelo problema foi semelhante nas duas ocasiões. Em ambos os casos, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado (Cetesb) aplicou multas devido à explosão e a sujeira nas regiões próximas. Só não consigo precisar se os valores eram iguais. Com tudo isso, só tenho como dizer uma frase: "qualquer semelhança não é mera coincidência". Afinal 11 anos se passaram e os problemas continuam os mesmos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Agora é do Facebook à poesia

A cada dia, percebo que as redes sociais existentes na internet têm um outro objetivo além de entrar em contato com os amigos, ver vídeos ou encontrar novas amizades. No meu caso, essas páginas me incentivam a refletir ou mesmo publicar alguns dos meus pensamentos. Fora isso, também revelo um pouco mais da minha pessoa. Quem acompanha percebe e até mesmo já sabe como é a minha personalidade.

De vez em quando, certas reflexões ou revelações saem espontaneamente. Não tenho culpa de ser uma pessoa aberta e ter a franqueza acima de tudo, mesmo que eu mostre as minhas fraquezas. Em certas ocasiões, isso se torna até uma própria inimiga porque traz efeitos colaterais. Se eu não mudei o meu jeito de ser até agora nesse quesito, o jeito é conviver com essa virtude ou defeito.

Dentro dessa lógica, publiquei algo no Facebook. O conjunto de palavras montado nessa oportunidade mostra o meu atual estado de espírito. Também revela como certas decisões aparentemente simples podem refletir ao meu redor. No entanto, foi preciso agir desta forma. De quebra, percebi na postagem mais um pequeno poema, numa simples edição.

Como sempre faço, decidi compartilhar com todos vocês:

"Certas coisas fogem do controle.
Acontecem inesperadamente.
Não me dão escolhas previsíveis.
Só me obrigam a arriscar.
E também a tomar decisões drásticas.
Mas esses acontecimentos entristecem
outras pessoas que talvez não mereciam isso.
É o duro jogo da vida que precisei fazer
para voltar a ser feliz."


23-04-2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma chuva que virou aventura

Realmente, eu queria mudar de assunto. O tema anterior não saía da minha cabeça. Ainda não caiu fora totalmente. Enfim, o jeito é ter forças para encarar a realidade, mesmo aquela existente no interior. Assim, nada melhor que uma boa aventura como forma de entreter a consciência.

Na verdade, eu resgatei uma história ocorrida no último dia de fevereiro. Nesta data, uma forte chuva atrapalhou, mais uma vez, a vida dos motoristas da capital paulista. Inclusive eu me prejudiquei com esse temporal, que ocorreu logo após ter saído do trabalho, no portal R7. A experiência, porém, foi única.

Com isso, eu publiquei um pequeno texto sobre a peripécia no Facebook bem quando estava preso no caos que se instalou a cidade. O mesmo está lá no meu perfil. Quem quiser conferir, acesse http://www.facebook.com/?ref=home#!/note.php?note_id=1754411572518.

Além disso, vou publicar aqui. O texto é pequeno, mas acho que vale a pena ler e saber sobre essa aventura:

"Que chuva


Uma tentativa de sair de São Paulo em plena chuva, após um dia de serviço. O jeito foi acessar o Rodoanel porque minha placa estava no rodízio de veículos.

O temporal apertou e, por falta de visibilidade, parei em Osasco. Comprei uma camiseta numa promoção, mas à noite, fui persistente porque queria voltar para casa, em Suzano.

Encontrei a Marginal Tietê entupida devido aos alagamentos. Depois de duas horas, tomei uma decisão: parei para descansar no caminho.

O quarto é lindo, porém um saco ficar no motel sozinho. A aventura rendeu."


28-02-2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A saudade, via redes sociais

Pensei ter encerrado a abordagem desse assunto. Mas como o significado desta pequena palavra ainda continua no meu peito, decidi prolongar um pouco mais a questão. Afinal, esse é o meu mundo e onde mais poderia fazer o que quero? Enxerguei a oportunidade de tomar essa atitude quando me lembrei das postagens sobre a saudade, feitas nas redes sociais.

Aliás, essas páginas na internet apareceram como uma verdadeira reunião de ideias, de pessoas e também uma maneira de encontrar os amigos tanto muito próximos quanto os mais distantes possíveis. Orkut, Facebook, Twitter e outros mais surgiram ainda como uma forma de fazer novas amizades. Ou mais além: servem para matar um pouco a saudade, mesmo de forma virtual.

Como essas redes já fazem parte da nossa vida, os seguidores conseguem me conhecer melhor. Por esse motivo, também sabem que o sentimento de saudade ainda está em mim. Então, resolvi reproduzir o que escrevi em todas elas. Algumas delas foram dignas de elogios. O mínimo é agradecer e reuni-las no meu mundo:

"Mais uma madrugada no meu quarto. Uma TV ligada nos programas. E um notebook para viajar pelo mundo da internet. Nem mesmo essas companhias são suficientes para atenuar esse sentimento de saudade." Facebook, 06 de abril de 2011.

"Um domingo cinzento. Uma fina chuva cai la fora. Tudo propício para ler um livro ou assistir a um bom filme. Mas também me faz ficar em casa e pensar na vida. O clima melancólico, porém, faz a sensação de saudade aumentar." Facebook, 03 de abril de 2011.

"Como essa palavra continua na minha cabeça: saudades. Isso machuca e, ao mesmo tempo, traz ótimas recordações." Facebook e Twitter, 01 de abril de 2011.

"Saudades de tomar um simples café da manhã tranquilo numa lanchonete ao lado de uma certa estação do Metrô." Facebook, 31 de março de 2011.