sábado, 30 de abril de 2011

Tudo que acontece nos embalos

Mais uma vez, saí de casa rumo aos embalos da noite. Como sempre, o objetivo era buscar diversão e, ao mesmo tempo, distrair a minha cabeça. Conhecer alguém especial? Agora, a resposta é não, pois acho que consegui alcançar essa meta muito antes dessa ocasião, mas só queria atenuar um pouco o pensamento de uma certa distância.

Ao observar as situações no local onde fui, decidi registrar certos momentos peculiares, que presenciei durante mais essa incursão. Registrei tudo no smartphone. As situações não poderiam ser diferentes:

- uma das meninas chega em um rapaz para conversar;

- um rapaz tenta um beijo com uma conversa vazia;

- uma morena clara chama a atenção com seu lindo vestido azul;

- um jovem puxa a moça pela cintura para arrancar um beijo a força;

- a banda toca as melhores músicas e arranca aplausos do público;

- um adolescente é socorrido pelos amigos por beber demais;

- uma loira se insinua para um rapaz de presença;

- uma conversa vazia e completamente sem qualquer conteúdo em busca de um beijo;

- a música cativava a minha atenção porque gosto de rock;

- todos os garçons cumprimentavam e prestavam um ótimo atendimento.

Com todos os exemplos acima, cheguei a uma conclusão. Apesar de gostar muito desse tipo de ambiente, tudo se tornou mesmice porque as situações iguais a essas acontecem sempre. E sempre ocorrerão, daqui a alguns dias, meses, anos e até mesmo décadas. Em vez de distrair, a incursão só serviu para acentuar ainda mais a vontade de estar com alguém que apareceu repentinamente em minha vida.

Claro, sair para se divertir é muito legal, porém não serve mais para quem quer o beijo, a presença e um bom papo com apenas uma pessoa. Enfim, não sirvo mais passar pelas situações relatadas. Por outro lado, guardo os bons amigos que fiz e quero tê-los por perto durante um longo tempo. Me ajudou por um tempo, mas chegou a hora de arriscar, investir em alguém e voltar a ser feliz. Afinal, quero evoluir.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lembranças de uma outra explosão

Soube desta notícia pelo rádio, quando me deslocava em direção a São Paulo para mais um dia de trabalho. O fato me chamou a atenção imediatamente. O aterro sanitário que fica em Itaquaquecetuba e recebe grande parte do lixo coletado na região do Alto Tietê (leste da Grande São Paulo) explodiu de novo, nesta segunda-feira (25-04), talvez devido à grande concentração de gás metano altamente inflamável, gerado com a decomposição dos resíduos. A situação foi muito mais além do que a gravidade dos fatos, pois me fez voltar no tempo, mais precisamente para março de 2000. Naquele ano, acompanhei de perto quando isso aconteceu pela primeira vez, ainda como repórter do jornal Diário de Mogi.

Os detalhes dessa última explosão refletem com exatidão tudo aquilo que apurei, vi e presenciei há mais de 11 anos. Naquela época, a sujeira toda se espalhou para a estrada que passa ao lado do aterro. Nunca tinha visto tanto lixo na minha vida jogado no chão. O cheiro então era insuportável. Mas o sangue frio e a impetuosidade de um jovem repórter incentivavam a continuar no local e conseguir as melhores informações. Dividia a cobertura com jornalistas dos principais veículos de comunicação que lá estavam, sem saber que mais tarde eu trabalharia na grande imprensa.

Naquele ano, eu entrei nessa reportagem ao chegar à redação logo pela manhã, por volta das 9 horas. Era meu retorno após três dias em Gramado (RS) no lançamento de um modelo da Volkswagen daquela época - a Saveiro geração III. Como estava fora do ritmo do dia-a-dia, achei que o assunto não passava de uma simples brincadeira da chefia por causa da minha volta. No entanto, se tratava de uma verdade. Ao perceber isso, a adrenalina subiu e parti em direção ao aterro.

Além do lixo jogado, conversei praticamente com os mesmos envolvidos na atual explosão. Um deles era o atual consultor jurídico do local, Horácio Peralta. Na primeira explosão, ele já tinha se tornado um verdadeiro para raio do problemático espaço. Tentava justificar o inexplicável com os mesmos argumentos usados agora no caso mais recente. Dizia que o lugar não apresentava riscos e tinha condições de receber os resíduos.

Só um fato me chamou a atenção. O próprio Peralta culpar a administração passada do aterro, antes pertencente a um consórcio formado por prefeitos das cinco cidades atendidas, chamado de Cipas. Então, foi uma autocrítica porque ele desempenhava a mesma função em 2000. Os representantes das prefeituras atendidas pelo espaço determinavam esse mesmo consultor como porta-voz para entrevistas. Em 2011, o local se chama Pajoan e é administrado por dois empresários da região, que também gerenciavam tudo na primeira explosão.

Até mesmo a punição pelo problema foi semelhante nas duas ocasiões. Em ambos os casos, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado (Cetesb) aplicou multas devido à explosão e a sujeira nas regiões próximas. Só não consigo precisar se os valores eram iguais. Com tudo isso, só tenho como dizer uma frase: "qualquer semelhança não é mera coincidência". Afinal 11 anos se passaram e os problemas continuam os mesmos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Agora é do Facebook à poesia

A cada dia, percebo que as redes sociais existentes na internet têm um outro objetivo além de entrar em contato com os amigos, ver vídeos ou encontrar novas amizades. No meu caso, essas páginas me incentivam a refletir ou mesmo publicar alguns dos meus pensamentos. Fora isso, também revelo um pouco mais da minha pessoa. Quem acompanha percebe e até mesmo já sabe como é a minha personalidade.

De vez em quando, certas reflexões ou revelações saem espontaneamente. Não tenho culpa de ser uma pessoa aberta e ter a franqueza acima de tudo, mesmo que eu mostre as minhas fraquezas. Em certas ocasiões, isso se torna até uma própria inimiga porque traz efeitos colaterais. Se eu não mudei o meu jeito de ser até agora nesse quesito, o jeito é conviver com essa virtude ou defeito.

Dentro dessa lógica, publiquei algo no Facebook. O conjunto de palavras montado nessa oportunidade mostra o meu atual estado de espírito. Também revela como certas decisões aparentemente simples podem refletir ao meu redor. No entanto, foi preciso agir desta forma. De quebra, percebi na postagem mais um pequeno poema, numa simples edição.

Como sempre faço, decidi compartilhar com todos vocês:

"Certas coisas fogem do controle.
Acontecem inesperadamente.
Não me dão escolhas previsíveis.
Só me obrigam a arriscar.
E também a tomar decisões drásticas.
Mas esses acontecimentos entristecem
outras pessoas que talvez não mereciam isso.
É o duro jogo da vida que precisei fazer
para voltar a ser feliz."


23-04-2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma chuva que virou aventura

Realmente, eu queria mudar de assunto. O tema anterior não saía da minha cabeça. Ainda não caiu fora totalmente. Enfim, o jeito é ter forças para encarar a realidade, mesmo aquela existente no interior. Assim, nada melhor que uma boa aventura como forma de entreter a consciência.

Na verdade, eu resgatei uma história ocorrida no último dia de fevereiro. Nesta data, uma forte chuva atrapalhou, mais uma vez, a vida dos motoristas da capital paulista. Inclusive eu me prejudiquei com esse temporal, que ocorreu logo após ter saído do trabalho, no portal R7. A experiência, porém, foi única.

Com isso, eu publiquei um pequeno texto sobre a peripécia no Facebook bem quando estava preso no caos que se instalou a cidade. O mesmo está lá no meu perfil. Quem quiser conferir, acesse http://www.facebook.com/?ref=home#!/note.php?note_id=1754411572518.

Além disso, vou publicar aqui. O texto é pequeno, mas acho que vale a pena ler e saber sobre essa aventura:

"Que chuva


Uma tentativa de sair de São Paulo em plena chuva, após um dia de serviço. O jeito foi acessar o Rodoanel porque minha placa estava no rodízio de veículos.

O temporal apertou e, por falta de visibilidade, parei em Osasco. Comprei uma camiseta numa promoção, mas à noite, fui persistente porque queria voltar para casa, em Suzano.

Encontrei a Marginal Tietê entupida devido aos alagamentos. Depois de duas horas, tomei uma decisão: parei para descansar no caminho.

O quarto é lindo, porém um saco ficar no motel sozinho. A aventura rendeu."


28-02-2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A saudade, via redes sociais

Pensei ter encerrado a abordagem desse assunto. Mas como o significado desta pequena palavra ainda continua no meu peito, decidi prolongar um pouco mais a questão. Afinal, esse é o meu mundo e onde mais poderia fazer o que quero? Enxerguei a oportunidade de tomar essa atitude quando me lembrei das postagens sobre a saudade, feitas nas redes sociais.

Aliás, essas páginas na internet apareceram como uma verdadeira reunião de ideias, de pessoas e também uma maneira de encontrar os amigos tanto muito próximos quanto os mais distantes possíveis. Orkut, Facebook, Twitter e outros mais surgiram ainda como uma forma de fazer novas amizades. Ou mais além: servem para matar um pouco a saudade, mesmo de forma virtual.

Como essas redes já fazem parte da nossa vida, os seguidores conseguem me conhecer melhor. Por esse motivo, também sabem que o sentimento de saudade ainda está em mim. Então, resolvi reproduzir o que escrevi em todas elas. Algumas delas foram dignas de elogios. O mínimo é agradecer e reuni-las no meu mundo:

"Mais uma madrugada no meu quarto. Uma TV ligada nos programas. E um notebook para viajar pelo mundo da internet. Nem mesmo essas companhias são suficientes para atenuar esse sentimento de saudade." Facebook, 06 de abril de 2011.

"Um domingo cinzento. Uma fina chuva cai la fora. Tudo propício para ler um livro ou assistir a um bom filme. Mas também me faz ficar em casa e pensar na vida. O clima melancólico, porém, faz a sensação de saudade aumentar." Facebook, 03 de abril de 2011.

"Como essa palavra continua na minha cabeça: saudades. Isso machuca e, ao mesmo tempo, traz ótimas recordações." Facebook e Twitter, 01 de abril de 2011.

"Saudades de tomar um simples café da manhã tranquilo numa lanchonete ao lado de uma certa estação do Metrô." Facebook, 31 de março de 2011.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A saudade, segundo um poeta

Como é possível perceber, continuo com o mesmo tema nessa retomada ao meu mundo. Eu tenho culpa se essa sensação não saida minha mente? Quando a saudade se instala no peito, realmente é difícil ela sair ou pelo menos diminuir sua intensidade.

Então, o jeito é manter a linha no assunto. Mas desta vez, preferi ser bem menos criativo (se eu realmente consigo isso). Resolvi buscar algo, uma música ou um texto que reproduza muito bem o assunto. De fato, a internet é um grande banco de dados.

Consegui achar após uma vasta procura. Escolhi a poesia escrita pelo poeta chileno Pablo Neruda. Afinal, todo o conteúdo existente nesses versos refletem com exatidão aquilo plantado em mim. Quem gosta de uma boa poesia, é só conferir:

"Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido."

domingo, 3 de abril de 2011

A saudade, agora em versos

Ainda não sei definir se isso é bom ou ruim para mim. Apenas cheguei à conclusão de que essa palavra deve ser explorada de alguma forma, independentemente de trazer boas lembranças ou melancolia na minha realidade interior. O jeito foi transformar o significado da saudade na minha mente em formas de expressão. Como a minha capacidade é criar textos, utilizei isso em meu favor.

Desta vez, decidi falar sobre a saudade em versos. A poesia elaborada para se referir a esse assunto tenta mostrar a definição deste substantivo feminino de forma mais intimista e resumida. Agora, levei em consideração somente a minha descrição com base no que ocorre dentro do meu íntimo. Não tenho culpa desse sentimento continuar comigo.

Se não tenho como fugir das atuais sensações, preferi compartilhar a experiência da saudade com quem passar por aqui. Afinal, sempre fui pautado pela sinceridade acima de tudo e de todos. Agora, torço para que goste de mais essa poesia:

De fato, isso se chama saudade.
É algo que pode doer no coração

como também traz uma realidade
capaz de acalentar a emoção.

Essa palavra tem grande poder
de trazer boas lembranças
sobre todas nossas andanças.
Mas às vezes me faz sofrer.

Ela traz por um momento
uma pessoa bem querida
que desperta o sentimento.
Ou ainda reabre uma ferida.

É apenas a minha definição
para algo que causa comoção
em quem quer só relembrar
boas histórias e apenas sonhar.

31-03-2011