Como sempre, acordei bem cedo para ir à academia e fazer o habitual treino. No entanto, algo chato aconteceu para começar o dia mal. Não conseguia ligar o carro. Tentei algumas vezes, mas nada certo. Então, o jeito foi buscar ajuda. Meu pai foi buscar uma outra bateria num mecânico amigo da família para o veículo funcionar.
A missão teve êxito. Conseguimos ligar o automóvel e fazer uma espécie de troca. Tiramos a bateria emprestada com o carro em funcionamento e colocamos a outra com problema. Esse procedimento fez com que essa última se carregasse momentaneamente. Assim, fui devolver o material emprestado ao amigo.
Em seguida, fui imediatamente levar o carro para avaliar a necessidade de colocar ou não uma bateria nova, já que a colocada no veículo estava ruim. Fui a uma loja especializada nesse artigo aqui em Suzano logo ainda pela manhã. Para isso, precisei sacrificar parte do meu treino diário.
Ao chegar ao estabelecimento, pedi para analisar a bateria do veículo. E o diagnóstico foi dentro do previsto. Precisava fazer a troca por uma nova. Desta forma, autorizei o serviço.
Mas toda a situação de transtorno começou a dar aquela reviravolta quando eu vi que havia um jornal no balcão. Pedi permissão para pegá-lo e ler a edição do dia. A partir daí, percebi se tratar do matutino onde trabalho. Aproveitei para analisar o conteúdo desse dia.
Por esse motivo, eu não me contive e perguntei ao dono da loja se ele comprava todo dia esse jornal. A resposta foi positiva. Em seguida, fiz algo conforme minha consciência determinou naquela hora. Agradeci o rapaz pela preferência dele pelo jornal.
Com isso, ele imediatamente questionou se trabalhava nesse matutino. Disse que sim. A fisionomia dele era de tamanho espanto e felicidade.
O motivo foi o fato dele nunca esperar um profissional do jornal que ele sempre compra no seu estabelecimento. Foram várias perguntas e me tornei um entrevistado. Numa delas, o rapaz queria saber qual reportagem havia feito. Mostrei a manchete da capa.
Além disso, percebi que em muitos casos o jornalista ganha a condição de um ser inacessível junto à população. Na verdade, chega a ser tratado como uma celebridade. Prova disso, o proprietário queria saber se costumava fazer coisas habituais do dia-a-dia e por que morava em Suzano.
Entre as minhas respostas, falei que eu era uma pessoa igual a todo mundo e faço diariamente tudo dentro de uma rotina normal, como ir a um supermercado, frequentar um shopping center e tudo mais. Foi o tempo suficiente para o rapaz terminar o serviço no carro, que custou R$ 185.
Ao pagar pelo trabalho, agradeci pelo serviço e também por comprar sempre o jornal onde trabalho. A reação dele foi recíproca. Fui embora mais contente, pois ter esse contato direto com o leitor me faz crescer profissionalmente. Afinal, os espectadores são nosso principal termômetro para saber se nosso serviço tem repercussão.
Pelo menos, penso assim. Além das fontes (informantes), eles precisam receber tratamento digno como parte do meu grande patrimônio profissional. Depois disso, até esqueci dos fatos desagradáveis ocorridos no início do dia.
quarta-feira, 24 de março de 2010
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Um comentário:
Fujita! Saudações da FImlândia. Pois é nunca devemos esquecer de certas profissões que lidam diretamente com o público. Pois este é essencial para sentir se o retorno do que estamos fazendo está nos trilhos da realidade. É sempre gratificante receber não um elogio mas sim um reconhecimento de que aquilo que você construiu com suas mãos ou com suas idéias, tem o valor e a importância para o próximo. Nunca saberemos a quantos quilômetros de mentes humanas a mensagem pode atingir.
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