As diversas situações do nosso cotidiano me fazem sempre refletir. Ainda mais num final de semana, quando fico fora da redação, no ócio e com a mente mais livre para pensar. Ainda consigo isso? Mesmo assim, chego a algumas conclusões das quais eu me lembro de uma delas costumeiramente. Apesar da multidão, bate um sentimento de solidão mesmo quando estou no meio de muita gente. Trata-se do isolamento dentro de mim mesmo.
Essa sensação me traz um pouco de desconforto. Afinal, são varias as vontades quando isso acontece, como ter alguém ao meu lado ou conversar com um grande amigo ou ainda a necessidade de tomar um rumo certo na minha vida. Talvez seja estranho, pois parece coisa de adolescente para uma pessoa acima dos 30 anos. Tratam-se de conflitos internos. Pelo menos ainda tenho coração.
Então, o jeito é percorrer as ruas. Nada como uma volta de automóvel para espairecer a cabeça e atenuar um pouco esse pensamento de estar sempre sozinho. Observo as pessoas nas calçadas, presto atenção nos carros em minha volta, também aproveito para apreciar as mulheres bonitas, claro, e vejo o movimento nos bares que funcionam nos finais de semana.
Inconscientemente, pode ser uma forma de buscar um sentido para a vida ou uma mulher ideal para mim. Até me interessei em conhecer melhor uma pessoa que me chamou a atenção devido a uma conversa inteligente e com conteúdo. Porém, infelizmente eu não cruzei com ela.
Veículo estacionado. O jeito agora é dar uma caminhada nesses pontos movimentados. Nesses momentos, encontro sempre um colega e outro na diversão. Paro para conversar. Jogar papo fora é muito gostoso, pois faz me esquecer um pouco desse conflito.
Aproveito para falar de tudo um pouco. Também conto sobre meu acidente, pois até hoje ainda é o fato mais marcante ainda na minha mente. Muito bom fazer isso, mas logo chega a hora de ir embora.
Ainda dou os meus passos em direção ao carro. Aí eu vejo uma cafeteria. Por que não fazer uma pausa para um café? Aproveito para ver o fluxo de pessoas. Vejo casais que transbordam aquele sentimento de paixão mútua, famílias inteiras felizes e grupos de amigos aos risos devido ao clima descontraído. Não se trata de inveja, mas gostaria de estar pelo menos numa dessas situações. Saboreio a bebida, pago a conta e volto para minha caminhada.
Novamente de carro, faço o caminho de volta para casa. O aperto no coração fica ainda maior porque aquele sentimento de solidão retorna com tudo em meu peito. Apesar disso, era a hora de estar novamente em casa para o dia seguinte de batente. Como em todas as outras oportunidades, o passeio foi proveitoso por um simples motivo.
Apesar de parecer tudo perdido, ainda busco as coisas simples da vida, como o amor, a amizade e uma forma de viver dignamente e intensamente. Sem isso, como poderei ser humano? Algumas decepções, mágoas e tristezas já tentaram tirar essa dádiva da minha pessoa. O sofrimento é certo, pois tenho a impressão de que nado contra a maré.
Por isso, eu me isolo para meu interior como forma de ninguém roubar isso de mim. Pelo menos acho que eu ainda tenho um pouco de humanidade. Jamais quero perder isso.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
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