Natal é assim mesmo. Quando a gente anda nas ruas - tanto de carro quanto a pé -, tenho uma sensação de tranquilidade. Porém, ao mesmo tempo vem algo muito estranho. Uma verdadeira mistura de saudosismo, emoção e melancolia. Não sei se todos pensam como eu. Talvez isso tenha ocorrido neste ano pelo simples motivo de estar de plantão na redação do jornal.
Alguns jornalistas agora se sacrificam desta forma para garantir a notícia aos espectadores, seja na TV, na internet, no rádio e no tradicional matutino. Esse foi o meu caso no dia em que se comemora o nascimento de Jesus. Afinal de contas nessa época do ano, apenas metade das equipes trabalha nesse feriado.
Nas ruas, acontece algo bem antagônico em relação à véspera da data. Uma tranquilidade só. Vias vazias e sem congestionamento. Calçadas sossegadas para dar aquela caminhada. E lojas totalmente fechadas. Foi possível contar nos dedos as pessoas que se arriscaram a sair de casa.
Também vou mais além. Os meios de transporte público também não registram aquele grande volume de passageiros. Pude sair de Suzano em direção à capital sem a menor agitação. Consegui viajar sentado o percurso inteiro no trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e no metrô. Algo raro de acontecer em dias normais. Presenciei todo esse cenário no caminho para o plantão.
No entanto, a vontade de estar com a família ou junto com os grandes e leais amigos aumenta a cada passo rumo ao trabalho. Mas infelizmente precisei abrir mão de tudo isso para cumprir o dever da minha profissão. Pelo menos, consegui festejar a ceia com os parentes e, pela primeira vez, com a Rafaela, a minha linda sobrinha. Algo para ficar emocionado só de vê-la feliz com o monte de presentes que ela ganhou.
Agora, o jeito é guardar todas essas ótimas lembranças e enfrentar mais esse plantão de Natal nesse clima frio de redação. É uma forma de amenizar a minha ausência no tradicional almoço de Natal com a família. Aqui, há colegas de profissão muito legais para conversar e jogar bobagens aos sete ventos. No entanto, não é a mesma coisa se comparada à possibilidade de ficar com os parentes e os parceiros de longa data.
Sinto sim um enorme aperto no coração por trabalhar no Natal. Porém, foi a vida profissional que escolhi. Então, o jeito é dar continuidade a essa missão porque a minha grande recompensa será a folga no Ano Novo com a outra metade da equipe. Além disso, só torço para sobrar um pouquinho desse dia para poder curtir após o serviço. Assim, Feliz Natal para todos e curtam por mim.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
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