Era uma manhã muito fria. Definitivamente, a temperatura estava baixa demais quando levantei da cama para tomar aquele banho bem quente e começar o dia de trabalho. Porém, meu objetivo não foi alcançado. Abri o registro do chuveiro. Esperei alguns minutos. Nem mesmo desta forma, a água que caía esquentava. Pelo contrário. As gotas chegavam ao meu corpo muito geladas. Como eu tremia, mas o jeito foi enfrentar toda a situação em nome da higiene pessoal.
O fato aconteceu entre os meses de julho e agosto de 2008. Não me lembro bem a data. Só sei que era num período após o retorno das férias no Diário de São Paulo. Afinal, tinha todo um problema para resolver sem depender de algum amigo ou parente. Nessa época eu morava sozinho num apartamento em São Bernardo do Campo. Não tinha família ou pessoas muito próximas nessa cidade. Então, precisava solucionar tudo num curto espaço de tempo.
Bem que tentei trocar a resistência do chuveiro quando voltei do serviço. Mas minha ação foi em vão. O chuveiro ainda não funcionava. Batia um desespero só, pois como faria para tomar banho no dia seguinte? Não queria encarar a água gelada de novo em meio ao inverno. A alternativa mais viável era chamar um eletricista. Mas onde encontraria um no final de noite e início de madrugada? Pensei por alguns minutos para superar o imbróglio. Cinco minutos depois, veio uma ideia muito boa.
Para não enfrentar o chuveiro frio, fui dormir feliz da vida. Acordei para mais uma jornada. Simplesmente peguei a minha mochila reforçada com roupas e deixei meu apartamento. Resolvi transformar a necessidade de um banho diário num incentivo de ir à academia durante o inverno. Ou seja, aquela chuverada quente viria como uma recompensa por ter treinado. Todos sabem que dá muita preguiça sair de casa para fazer exercícios em meio às baixas temperaturas.
O objetivo foi alcançado. Por quase duas semanas, eu ia direto à academia para treinar e, principalmente, tomar banho enquanto não encontrava um bom eletricista. Como não tinha tempo para procurar esse profissional na correria do dia a dia, a situação ficou cômoda. Nos finais de semana, eu ia para o chuveiro ou da casa da então namorada ou da dos meus pais quando os visitava em Suzano. Pelo menos, consegui treinar bem enquanto estava no inverno e, ao mesmo tempo, manter o meu corpo bem limpo.
Apenas usei a criatividade a serviço de algo muito sadio para mim. Manter a saúde, a minha forma física e a higiene pessoal. A então namorada daquela época ficou pasma e não acreditava na minha atitude. Enfim, precisava fazer isso enquanto não encontrava um eletricista. Só chamei um profissional por meio de uma indicação do síndico do prédio. Desta forma, ele arrumou a ligação elétrica do chuveiro que apresentava defeitos. Problema resolvido e água quente de volta no apartamento. Mas continuei a treinar mesmo assim.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
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