domingo, 31 de outubro de 2010

O orgulho de ainda ser repórter

O encerramento da campanha do candidato a presidente pelo PSDB, José Serra, no segundo turno em Suzano - minha cidade natal - trouxe dois desdobramentos, todos no aspecto pessoal dentro da minha profissão. Como o fim do período de corpo a corpo antes da última fase das eleições foi no município onde moro e fui criado, resolvi por iniciativa própria acompanhar o evento. Com bloco na mão, gravador no bolso e mochila nas costas, fui em direção ao centro da notícia. Afinal, adoro acompanhar as eleições.

De fato, o sangue de repórter ainda corre nas veias, apesar de algumas decepções e fracassos. Quer um elemento melhor que esse para correr atrás dos fatos? Enfim, os argumentos relatados a partir de agora serão uma tentativa minha de contar, de uma forma diferente, a visita de Serra a Suzano. O compromisso foi o último antes dele votar na capital paulista. Além disso, nada que ele falaria seria novidade para a imprensa em geral.

Durante a cobertura, tive o prazer de encontrar muitos companheiros na qual tive o privilégio de trabalhar nas várias redações onde passei e outros colegas de profissão que sempre cruzei em outros eventos. Isso vale tanto nos grandes veículos de comunicação, quanto na imprensa regional. Como tive a honra de passar pelas duas situações, é muito bom compartilhar e ter esse contato. Também, é uma maneira de nos unirmos para vencermos as dificuldades durante o cumprimento do dever.

Um ajuda o outro para enfrentarmos as adversidades do trabalho, como a truculência dos seguranças que não deixam os repórteres trabalharem, o tumulto gerado pela presença de simpatizantes, que nem sempre deixam os profissionais a vontade e até mesmo a ansiedade dos próprios profissionais da comunicação. Esse último fator também causa problemas, pois às vezes causa desconforto.

No final, todos procuram ser solidários. Um exemplo disso, um desses meus colegas melhor posicionado na entrevista coletiva com Serra pegou o meu gravador ligado e colocou mais próximo dele. Estava muito mais distante e não chegaria mais perto rapidamente. Desta forma, consegui a declaração de que o segundo turno é igual a uma disputa de partida de futebol. O melhor concorrente costuma vencer.

Foi a melhor coisa falada pelo candidato. Nada de tão especial, mas é muito melhor ter isso. Agradeci ao companheiro de reportagem. Como esse contato renova o espírito de jornalista. Pelo menos, isso funciona para mim. Por outro lado, foi uma oportunidade de participar da campanha para presidente nessas eleições. Adorei.

O outro aspecto mencionado antes foi o fato de ter retornado ao cenário onde fiz a minha primeira cobertura na prática: a rua General Francisco Glicério, no centro de Suzano. A visita de Serra na véspera do segundo turno das eleições ocorreu na mesma via onde acompanhei, há 18 anos, uma manifestação de estudantes da cidade pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. Voltei no tempo pelas memórias.

Em 1992, preferi testemunhar o protesto dos conhecidos "caras pintadas" não como um participantes, mas como um repórter do jornal do Grêmio Estudantil da escola onde estudava. Peguei depoimentos de alguns jovens, dos organizadores do movimento na cidade e até de políticos locais que estavam no local. Não tinha uma formação na profissão nessa época, mas talvez algo já corria no meu sangue acima de tudo: o espírito de jornalista.

Ao misturar tudo num liquidificador, chegam algumas conclusões. Apesar de ter enfrentado todas as dificuldades no trabalho de campo ou impossibilidades devido a decisões de algumas chefias, essa vivência me faz crescer, aprender e ganhar mais experiência. Ou seja, ter subido cada degrau na profissão gerou um pouco de conhecimento em todas as esferas a ponto de lidar melhor com os problemas.

Posso não ter crescido como gostaria no jornalismo, mas não me arrependo de optar por escalar passo a passo. Só assim me faz buscar o respeito profissional de forma digna e honrada. Tem gente que nem passou por todas as etapas. Se alguns me acham antigo devido a esses pensamentos, eu digo obrigado. Ainda tenho orgulho de colocar os pés na rua. Só essa vivência dá a base necessária para mais tarde o profissional tormar decisões corretas e eficientes.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sem chuveiro no apartamento

Era uma manhã muito fria. Definitivamente, a temperatura estava baixa demais quando levantei da cama para tomar aquele banho bem quente e começar o dia de trabalho. Porém, meu objetivo não foi alcançado. Abri o registro do chuveiro. Esperei alguns minutos. Nem mesmo desta forma, a água que caía esquentava. Pelo contrário. As gotas chegavam ao meu corpo muito geladas. Como eu tremia, mas o jeito foi enfrentar toda a situação em nome da higiene pessoal.

O fato aconteceu entre os meses de julho e agosto de 2008. Não me lembro bem a data. Só sei que era num período após o retorno das férias no Diário de São Paulo. Afinal, tinha todo um problema para resolver sem depender de algum amigo ou parente. Nessa época eu morava sozinho num apartamento em São Bernardo do Campo. Não tinha família ou pessoas muito próximas nessa cidade. Então, precisava solucionar tudo num curto espaço de tempo.

Bem que tentei trocar a resistência do chuveiro quando voltei do serviço. Mas minha ação foi em vão. O chuveiro ainda não funcionava. Batia um desespero só, pois como faria para tomar banho no dia seguinte? Não queria encarar a água gelada de novo em meio ao inverno. A alternativa mais viável era chamar um eletricista. Mas onde encontraria um no final de noite e início de madrugada? Pensei por alguns minutos para superar o imbróglio. Cinco minutos depois, veio uma ideia muito boa.

Para não enfrentar o chuveiro frio, fui dormir feliz da vida. Acordei para mais uma jornada. Simplesmente peguei a minha mochila reforçada com roupas e deixei meu apartamento. Resolvi transformar a necessidade de um banho diário num incentivo de ir à academia durante o inverno. Ou seja, aquela chuverada quente viria como uma recompensa por ter treinado. Todos sabem que dá muita preguiça sair de casa para fazer exercícios em meio às baixas temperaturas.

O objetivo foi alcançado. Por quase duas semanas, eu ia direto à academia para treinar e, principalmente, tomar banho enquanto não encontrava um bom eletricista. Como não tinha tempo para procurar esse profissional na correria do dia a dia, a situação ficou cômoda. Nos finais de semana, eu ia para o chuveiro ou da casa da então namorada ou da dos meus pais quando os visitava em Suzano. Pelo menos, consegui treinar bem enquanto estava no inverno e, ao mesmo tempo, manter o meu corpo bem limpo.

Apenas usei a criatividade a serviço de algo muito sadio para mim. Manter a saúde, a minha forma física e a higiene pessoal. A então namorada daquela época ficou pasma e não acreditava na minha atitude. Enfim, precisava fazer isso enquanto não encontrava um eletricista. Só chamei um profissional por meio de uma indicação do síndico do prédio. Desta forma, ele arrumou a ligação elétrica do chuveiro que apresentava defeitos. Problema resolvido e água quente de volta no apartamento. Mas continuei a treinar mesmo assim.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Resposta a uma pergunta

Certo dia, uma pessoa me perguntou onde tinha errado ao demonstrar interesse por um semelhante. Respondi convictamente que em nenhum momento havia cometido algum equívoco. Pelo contrário, pois apenas tinha revelado as melhores intenções do mundo, ao mostrar companheirismo, alegria e atenção. Quem não gosta de receber todos esses fatores? Porém, aquele questionamento ficou por muito tempo na minha cabeça por um simples motivo. Já passei por uma fase igual a essa.

Enfim, revelar a realidade interior jamais é um erro. Mostra sinceridade e como alguém realmente é por dentro e por fora. Por outro lado, existe um grande risco que todos percebem depois de agir desta forma. O grande problema está em escolher a pessoa errada. As duas situações são completamente diferentes. Porém, leva o ser humano a não mais optar pela primeira situação por um bom tempo ou para sempre em muitos casos. Por isso, trabalho para isso ocorrer comigo só num período determinado.

Se fosse assim, eu deveria me penalizar por várias ações feitas por alguém que não mereceu. Não se trata de uma recaída. Pelo contrário. Apenas uma maneira de mostrar que não existem deslizes ao agir com o coração. O mais importante é ter a consciência tranquila por ter feito ou tentado realizar o melhor possível em favor do companheiro ou companheira. As consequências boas ou ruins chegam apenas para nos alertar para um futuro promissor ou não, ditada pelo tempo, o senhor de todas as razões.

Afinal, por que eu deveria me penalizar por acordar sempre antes e sentar numa poltrona ou cadeira para observar atentamente a então namorada enquanto se encontrava num sono leve e sereno? Ou por fazer brincadeiras até então infantis para alegrar o que parecia ser um par ideal? E ainda por que a acompanhava de todas as formas como uma maneira de ajudá-la a prestar apoio à família? Não, essas atitudes não são erros cometidos. Apenas boas ações de quem tenta ser um bom rapaz.

Não me arrependo por agir desta forma no passado, apesar de a história até então citada não ter um final feliz. A última página desse capítulo do livro referente à minha história já foi virada. Como conclusão, fica a minha dignidade por efetuar boas ações de forma consciente e acima de tudo para superar os meus defeitos e discussões típicas de um relacionamento. Mas elas não foram suficientes para manter esse envolvimento. Paciência, como diz Vinícius de Morais, o amor é eterno enquanto dura.

Enfim, só espero uma coisa. Todos os meus exemplos sirvam para quem fez a pergunta tirar do seu pensamento a possibilidade de ter cometido deslizes. Manter um bom coração não é defeito. Se bom conselho fosse vendido, poderia estar milionário. Mas como ainda faço isso de forma gratuita, fica o meu singelo registro. Como prefiro ainda ser otimista, um dia todos encontrarão alguém especial. Se isso não acontecer, o jeito é tentar sempre com quem despertar interesse, com paciência, serenidade e sem pressa.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um simples olhar de criança

Mais um dia 12 de outubro pela frente. Além de se comemorar o dia da Padroeira do Brasil, todos festejam o Dia das Crianças com muito louvor. Claro, todos sabem que a data foi criada para alavancar as vendas do comércio. Uma mera jogada mercadológica. Enfim, o jeito é não analisar o aspecto negativo. Por isso, prefiro ressaltar a magia da essência infantil, sincera e sem maldades.

Como essa forma de enxergar a vida é pura. Mantém as crianças intactas e imunes aos pensamentos ruins do mundo adulto. Para nós, os crescidos, olhar o nosso cotidiano com olhos de criança faz o nosso sofrimento ser menor porque não precisamos conviver com problemas, o mau caratismo, a falta de amor e a tristeza contidas no geral. Precisamos aprender com esse público.

Afinal, tudo é descoberta para as crianças. As situações são novas e cheias de motivações por mais simples que elas pareçam. Aliás, a simplicidade nelas também é digna de ensinar nós, os adultos. No mundo delas, não há distinções de raças, de religiões, de classes sociais, de pensamentos políticos ou coisa parecida. Basta apenas gostar ou não de uma determinada pessoa, sempre com demonstrações.

Seria muito fácil viver nessa utopia. Porém, não custa sonhar como uma criança, ainda mais nesse dia. Talvez esteja com esse espírito porque descobri a felicidade de ter uma sobrinha por perto. Meu papel na vida dela é de um mero coadjuvante, mas indiretamente acumulo alegrias e o exercício de aprender a ser mais humano com características simples, como o amor, a atenção e a dedicação.

Ou pode ser também uma forma de voltar ao mundo infantil. Mais colorido, sincero e cheio de candura. Um ambiente onde posso entregar o meu coração com muitas cicatrizes sem ser machucado outra vez. Crianças não ferem a alma e só extraem as virtudes escondidas num adulto. Pelo menos, é assim quando estou com a Rafaela. Sentimento emotivo muito mais aguçado.

Enfim, esse Dia das Crianças serve para trazer uma reflexão, com toda certeza do mundo. Mas o importante é ter olhos infantis nos outros 364 dias (ou mais 365 dias num ano bissexto). É o mínimo para deixar nosso dia a dia mais feliz, simples e com mais compaixão junto aos nossos semelhantes. Trata-se de mais um detalhe para fazer a diferença. Procuro fazer a minha parte, sem desistir apesar das adversidades.

Para incentivar a todos, o jeito é mostrar quando estou com a Rafaela. Faz tempo que ela não aparece por aqui. Nessa, ao lado do tio coruja e bobão:



Um close para mostrar a proximidade dos dois:



E agora com o Barney, o presente do tio aqui.



Com essas imagens, digo com convicção. Exercitem um pouco do olhar de criança. O mundo será muito melhor.

A tecnologia a serviço da poesia

O tempo passa. Só da minha fase da adolescência até agora, foram 21 anos. Durante este tempo, muita coisa mudou, como a forma de pensar, certas convicções, a história do mundo e do país. No entanto, nada evoluiu tanto quanto as inovações tecnológicas. Em 1989, por exemplo, como eu iria imaginar que poderia ter acesso à internet ou poder escrever meus textos num simples telefone celular?

Pois bem. Isso é que atualmente acontece. Aliás, posso escrever e divulgar para todo mundo em questão de segundos, não importa onde eu esteja. São computadores de mesa (ou PCs), os notebooks e até mesmo os smartphones, que são verdadeiras unidades de bolso que posso utilizar para uma simples anotação ou acesso ao meu e-mail.

Por esse motivo, resolvi utilizar toda essa tecnologia a serviço de um bem para mim mesmo. A parafernália eletrônica agora serve como aliada para fazer uma das coisas que mais gosto: escrever poesias. Afinal, já tinha usado um celular mais simples para colocar as palavras até formar vários versos.

E isso aconteceu em meio às minhas costumeiras caminhadas. Essa poesia foi elaborada pelo meu celular enquanto assistia a uma apresentação musical num bar. Como estava reflexivo durante todo o dia, as canções apenas me inspiraram. Isso inaugurou o meu novo aparelho, com chave de ouro. Jamais imaginaria isso quando era adolescente e mantinha um caderno só para essa finalidade:

Uma garoa para esfriar
essa vontade de buscar
como me manter humano.
Ou isso é um engano?

Mesmo assim não desisto
porque eu ainda resisto
em ter uma humanidade.
Esta é a minha realidade.

Afinal, apenas serei assim
se o caráter não tiver fim.
Isso basta para ser feliz
da forma que sempre quis.

Porém, isso me faz sofrer
por simplesmente querer
ter um puro e bom coração.
Nada como a boa superação.

11-10-2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A vez da minha despedida

Como todos já sabem, não faço mais parte da redação do Diário de São Paulo. O jornal passou por reformulações e uma série de mudanças, desde a compra por um novo dono, chefia da redação e alterações no conteúdo desse centenário matutino. Coisas naturais dessa profissão chamada jornalismo.

Enfim, é uma área em que precisamos estar sempre preparados para constantes modificações. Afinal, se trata de um processo muito dinâmico e também subjetivo. Sem fazer médias, foi muito bom enquanto durou. Aliás, falo isso de coração pois foi a casa onde mais permaneci nesses 16 anos de percurso e escalada de cada degrau. Um para cima ou um para trás para depois fazer isso mais duas vezes para o alto.

O tamanho carinho com a instituição chamada Diário de São Paulo ocorre porque foi essa marca que me ajudou a projetar para a grande imprensa em boas pautas de economia e coberturas importantes fora da minha especialidade durante os plantões de final de semana ou acontecimentos. Nesta relação, destacam-se o acidente da TAM de 2007, as eleições de 2008, o Caso Eloá (2008) e o pisoteamento na Festa do Peão de Jaguariuna (2009). Em algumas histórias, tive a honra e o prazer de garantir a manchete.

No aspecto pessoal, a passagem nesse matutino também foi marcada pela fase mais difícil da minha vida. Todos sabem do meu grave acidente de carro. Nessa ocasião, precisei me fortalecer, me recuperar e recomeçar. Aí entraram os amigos que trabalhavam comigo. Eles me apoiaram demais com uma simples ligação e até visitas. Confesso: esse auxílio chegou de pessoas que nunca esperava lá de dentro.

Logo após a minha saída, decidi deixar um texto de despedida em homenagem e agradecimento aos companheiros que ficaram e me acolheram. Também foi uma forma de mostrar a gratidão pela marca Diário de São Paulo. Mudanças no comando e no processo sempre acontecem. As opções não dependem de mim. E um bom profissional que tento sempre ser deve ter a cabeça e o coração abertos para tudo.

Por essas e outras, também resolvi tornar pública a minha carta de despedida. Minha intenção foi ser eu mesmo. Sempre sincero e de coração aberto, como todos sabem. Nada mais. Contém alguns deslizes, como repetições de palavras. Porém, valeu a intenção. Quem quiser conferir:

"Dia 29 de janeiro de 2007. Um rapaz não muito jovem desembarca numa redação, conhecida como Diário de São Paulo para reforçar uma área na qual gostava e havia aprendido a adorar porque mexia com o bolso e com as finanças dos brasileiros. Assim, chegava Eric Fujita na editoria de economia. Inicialmente, era para cobrir uma área até então importante e um dos carros-chefes do tão conceituado matutino: o setor de trabalho.

Para esse aprendiz de jornalista, era uma verdadeira honra, pois nessa parte do jornal já tinha passado vários repórteres conceituados no ramo. Ocupar o lugar do conhecido Vitor Nuzzi era uma responsabilidade. Mas aos poucos, conseguia avançar e obter bons resultados, como vários furos jornalísticos, excelentes reportagens e textos que emocionavam os leitores. Era muito bom.

Mas aos poucos e, com o passar do tempo, o jornal se modificou. Passou por várias reformulações em tão pouco tempo a ponto de se desconfigurar do robusto e saudoso Diário Popular. Aos poucos, a área que ele cobria com vontade se extinguiu. Continuou na editoria que ama cobrir em outros assuntos para aprender ainda mais. Mesmo assim, conseguiu trazer boas reportagens a ponto de conseguir elogios dos editores. Para isso, aos que ficam, não existe fórmula mágica. Como dizia um excelente ex-editor-chefe do Estado de São Paulo com quem esse mesmo Eric Fujita teve o prazer de trabalhar, o ingrediente principal é o coração.

Enfim, as mudanças continuaram até chegar ao atual Diário de São Paulo. Em meio às últimas alterações, veio um questionamento na cabeça desse mesmo rapaz. Será que ele não se adaptou? Ou ele manteve o seu caráter, honra e personalidade demais dentro dessa profissão, apesar do estresse e em alguns casos da baixa remuneração? Ele só sabe de uma coisa. Apesar disso tudo, a profissão ainda continua apaixonante para quem ainda é idealista. Por esse motivo, sempre defendeu com unhas e dentes seus posicionamentos e os companheiros ao seu lado. Os demais estão de prova.

Em meio a esse dilema, esse Eric Fujita encerra esse ciclo aqui nesse já mudado e diferente Diário de São Paulo nesse exato dia 21 de setembro de 2010, após três anos e oito meses de dedicação, discussões acaloradas de pautas e brigas para conseguir a melhor informação. Alguns editores não irão admitir isso hoje, mas tudo bem. O importante é que o tal jornalista parte com a consciência tranquila de ter feito um bom trabalho enquanto esteve na sua mesa cheia de bagunças com anotações.

Assim, o mesmo profissional se despede mais feliz, aliviado e com as energias renovadas. Também deseja boa sorte para quem fica e no que puder ajudar. Sempre estará disponível na área, não importa a hora, o motivo e a pauta.

A despedida foi em terceira pessoa para ficar mais impessoal e fácil em relação aos amigos e amigas mais próximos que o rapaz fez durante esse tempo. Afinal, as transformações não tiraram o amor pela boa escrita, coisa difícil hoje em dia.

Eric Fujita
21-09-2010"